A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi acionada em um estabelecimento Pag Fácil, correspondente do Banco do Brasil em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, pela atendente caixa do local, Francielli Lopes. A funcionária alega ter caído em um golpe por influência de um cliente, identificado apenas como Olduvan. Eles esperavam ganhar o montante de R$ 65 mil da operadora Claro. Francielli terá de ressarcir ao banco R$ 4 mil. Segundo ela, Olduvan foi usado como isca peos golpistas.
A funcionária contou aos policiais que Olduvan chegou ao estabelecimento e ficou muito tempo parado na porta conversando ao telefone. Depois, entrou e entregou para ela o telefone, pedindo que seguisse as instruções para um depósito, pois ele tinha ganhado a bolada da operadora.
A pessoa que estava na chamada informou a Francielli que o depósito seria no valor de R$ 5 mil, só que fracionados. Os valores seriam pagos por Olduvan, porém os depósitos teriam que ser separados em valores máximos de R$ 2 mil. O homem ao telefone repassou a primeira conta para que Francielli fizesse o primeiro depósito, em nome de Maria Fernandes Cruz.
Depois, o segundo, em nome de Joana Darc Gomes Fiusa. Francielli disse que faria o terceiro depósito de R$ 1 mil somente depois de pegar o dinheiro com Olduvan.Ao solicitar a quantia a ele, obteve uma resposta negativa. O homem relatou que teria ido ao estabelecimento para que o autor da chamada fizesse um depósito em sua conta no valor de R$ 65 mil que teria ganhado da operadora Claro, conforme mensagem recebida via WhatsApp.
Segundo ele, o número tinha DDD do Ceará e, no perfil, uma foto com a logomarca da Claro, operadora utilizada por ele. Acreditando na mensagem, ele respondeu. Alguns minutos depois, recebeu uma ligação com o DDD da cidade de São Paulo, na qual o golpista disse que ele realmente havia ganhado R$ 65 mil e pediu que ele fosse ao banco tirar um extrato.
Olduvan conta que, nesse momento, entrou em cena um suposto supervisor e, novamente, recebeu uma ligação com DDD de São Paulo. O homem pediu que ele se deslocasse até um correspondente do Banco do Brasil e entregasse o telefone para a operadora de caixa informando para que ela seguisse as orientações. Pediu ainda que Oldulvan permanecesse com o cartão nas mãos, de modo que a atendente pudesse ver os dados para receber o depósito.
Olduvan percebeu que Francelli fazia depósito em conta diferente da dele, então, bateu no vidro para avisá-la que estava errado. Somente quando Francielli se virou a fim de solicitar o dinheiro ele compreendeu o que estava acontecendo. Tentou sem sucesso contato com todos os números que havia conversado.
A PMMG orientou os dois quanto aos procedimentos para denunciar o golpe. O homem foi à delegacia de Polícia Civil para prestar depoimento.