O Conselho Municipal de Trânsito (Comutran) aprovou a planilha de estudo que prevê reajuste da tarifa do transporte público de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas. Pelos cálculos elencados, o valor poderá atingir R$ 4,51 a partir dos primeiros dias de 2023, aumento de aproximadamente 8,6% em relação ao preço cobrado em dinheiro, hoje R$ 4,15.
Embora o estudo tenha obtido, nesta segunda-feira (26/12), oito votos a favor, incluindo o do secretário de Trânsito e presidente do Comutran Lucas Estevam, ele ainda está condicionado a aprovação do prefeito Gleidson Azevedo (PSC) que deverá se posicionar até o dia 31 de dezembro. Um conselheiro foi contra e dois se abstiveram.
O levantamento tarifário examina todos os índices que afetam diretamente no custo final da tarifa, como: preços dos insumos, dados do sistema como quilometragem, quantidade de passageiros, projeção de reajuste salarial dos condutores de ônibus, dentre outros. A análise é feita com base em notas fiscais.
Tarifa congelada
O preço da tarifa na cidade está congelado desde janeiro de 2020 devido aos impactos da pandemia da COVID-19. “E tem pressionado os custos de operação do sistema de transportes na cidade, obrigando a gestão municipal a aplicar mais verba de subsídio para manter os ônibus funcionando”, informou a prefeitura em nota.
No ano passado, para evitar que a tarifa, também chamada de “passaginha” pelos usuários, ficasse mais cara, a câmara aprovou subsídio ao consórcio TransOeste responsável pela concessão do serviço. O valor já pago chega a R$ 5,6 milhões.
O conselho alega que sem esse "complemento tarifário", o custo médio teria um impacto ainda maior, chegando a R$ 4,96 para o próximo ano. Hoje, os usuários do transporte público pagam R$ 4,15 no dinheiro e R$ 3,65 utilizando o cartão Divipass.
O Governo Federal também repassou R$ 3 milhões ao longo deste ano para custeio da gratuidade.
*Amanda Quintiliano especial para o EM