O Serviço Geológico do Brasil (SGB) iniciou uma ação emergencial para mapear as áreas de risco da cidade de Antônio Dias, no Vale do Rio Doce, na manhã desta quarta-feira (28/12). O trabalho dos pesquisadores será realizado para auxiliar tecnicamente a Defesa Civil do Estado na tomada de decisões após o desastre com o objetivo de diminuir os danos na região.
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A cidade de Antônio Dias está entre os 195 municípios já avaliados pelo SGB para a identificação e classificação das áreas de risco geológico. Segundo o relatório do trabalho realizado em 2017, foram identificados 45 setores de alto e muito alto risco de deslizamento e erosão, onde viviam, até então, cerca de 500 pessoas.
Devido às fortes chuvas em Minas Gerais, o SGB tem acompanhado a situação dos municípios afetados. De acordo com o boletim emitido pela Defesa Civil do Estado, 107 cidades estão em situação de emergência. O órgão estadual ainda aponta que mais de 1,5 mil mineiros estão desabrigados e outros 7,4 mil desalojados. Treze pessoas morreram em todo estado.
Tragédia em Antônio Dias
Na madrugada do domingo de Natal (25/12), um talude desabou em cima de quatro casas no povoado de Vila do Carvalho, na zona rural de Antônio Dias. Chovia muito no momento do desabamento.
As irmãs Marli Custódio dos Santos, 51 anos, e Aparecida de Fátima, de 54, são duas das três pessoas encontradas mortas no desabamento. O corpo de uma jovem, de nome Bruna, de 18 anos, foi encontrado na manhã de segunda-feira (26/12). Luan, de 12 anos, segue desaparecido.
A festa de réveillon, que aconteceria na praça principal da cidade, foi cancelada em respeito às vítimas do deslizamento.
A prefeitura está recebendo doações de alimentos não perecíveis, água, roupas de cama, produtos de higiene pessoal, móveis e eletrodomésticos na Escola Municipal Crispiniano de Morais, sede do gabinete de crise criado pelo governo para dar assistência à população de Antônio Dias.