Um novo tremor de terra assustou os moradores de vários bairros de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, no início da madrugada de quarta-feira (28/12). De acordo com informações do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), o abalo, ocorrido à 0h42, teve magnitude de 2,8mR (intensidade medida pela escala Richter), o terceiro maior já registrado no município.
Segundo relatos da população, os tremores foram sentidos nos bairros do Carmo, Montreal, Interlagos, Luxemburgo, Nova Cidade, Jardim Europa e Jardim Arizona.
Em agosto de 2022, uma equipe de especialistas do Observatório Sismológico da UnB instalou na cidade sete sismógrafos para o monitoramento de qualquer tremor na região. Em 29 de abril, Sete Lagoas teve um tremor registrado de 3mR, o de maior magnitude até então. Em 28 de julho, outro abalo foi registrado, dessa vez o segundo maior, com magnitude 2,9mR.
Tremos recorrentes
Os tremores em Sete Lagoas são recorrentes. Segundo o professor Allaoua Saadi, do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os terremotos acontecem ao longo da borda oeste da Serra do Espinhaço devido a um sistema de falhas. “O que ocorre é que um grupo de falhas geológicas rasgam a crosta terrestre e permitem o escape da energia acumulada na crosta.”Ainda de acordo com o professor, abalos parecidos também são sentidos na região de Montes Claros, no Norte do estado, já que a cidade se encontra em um contexto geológico parecido. “Terremoto não se evita, ele chega de repente, sem avisar. Em caso de terremoto sensível, o ideal é escolher um canto do aposento e deitar-se no cantinho, preferencialmente debaixo de uma mesa forte, por exemplo. Em um primeiro momento de calmaria, sair para espaço aberto, o mais longe possível de edifícios. Não entrar em elevadores e pegar a escada”, recomenda Allaoua Saadi.
* Estagiário sob supervisão da editora Ellen Cristie