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Estado de Minas LAGOINHA

PBH limpa local que foi classificado por aplicativo como 'Cracolândia'

De acordo com a administração da capital mineira, limpeza é rotineira, e nenhuma ação especial foi realizada no local; classificação já foi ajustada


29/12/2022 19:20 - atualizado 29/12/2022 19:47

Lagoinha a esquerda e classificação no app da 99 como cracolândia a direita
Morador afirma que local precisa de um processo de 'reurbanização' (foto: Google Street View/Reprodução - 99 App/Reprodução)
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) limpou o local que havia sido classificado como "Cracolândia" pelo 99 App, no bairro Lagoinha, na Região Noroeste, nesta quinta-feira (29/12). A situação havia gerado revolta por parte dos moradores, que acreditam que o termo não abraça a pluralidade cultural do “berço” da capital mineira.


Por outro lado, para o professor e advogado Daniel Queiroga, autor do livro "Nossas ruas, nosso patrimônio (in)visível: Dicionário toponímico da região da Lagoinha”, esse tipo de ação da prefeitura é necessária, mas pouco eficiente para os problemas da região.

“A Lagoinha precisa de um processo de ‘reurbanização’, precisa de leis que incentivem a ocupação do bairro, porque lugar vazio é espaço para a criminalidade e desordem. As pessoas precisam se sentir seguras ao usar as ruas, e a prefeitura apenas lavar a rua é ‘tapar o sol com peneira’”, argumenta o advogado.

Em nota, a prefeitura informou que a via recebe coleta domiciliar três vezes por semana, às terças, quintas e sábados, no período noturno. A rua também recebe uma varrição quinzenal, além de um reforço na limpeza, três vezes por semana. Nenhuma ação especial foi realizada nos últimos dias.

Classificação foi ajustada

Prefeitura limpando a rua na Lagoinha com caminhão pipa
Classificação como 'Cracolândia' contribui para estigmatizar a região (foto: Daniela Mundim/Divulgação)
Em nota enviada ao Estado de Minas, na última sexta-feira (23/11), a 99 App Informou que a denominação da região havia sido ajustada, fato comprovado pelos moradores da região. A empresa ainda reforçou o compromisso em ser “a melhor opção de mobilidade urbana para as pessoas”, pontuando que tem “uma política de tolerância zero a qualquer tipo de discriminação”.
No entanto, esse tipo de classificação contribui para estigmatizar a região que muitas vezes é rotulada negativamente. “É um prejuízo gigantesco para a comunidade quando um aplicativo de corrida tacha a região com um termo tão pejorativo”, refletiu uma moradora que preferiu não se identificar na época.

*Estagiário sob supervisão do subeditor Thiago Prata


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