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Estado de Minas INVESTIGAÇÃO

Detento que teria sido estuprado escreveu à mãe: 'É caso de vida ou morte'

Jovem preso em penitenciária de Patrocínio enviou uma carta para a mãe em 19 de dezembro, cerca de dez dias antes de suposto estupro que sofreu em uma das celas


05/01/2023 15:45 - atualizado 05/01/2023 16:22

Corredor de penitenciária com grades
Penitenciária Deputado Expedito de Faria Tavares, em Patrocínio, no Alto Paranaíba (foto: Planova.com.br/Reprodução)
O advogado de defesa do detento, de 22 anos, que denunciou ter sido vítima de estupro em cela Penitenciária de Patrocínio, informou que, cerca de dez dias antes do suposto crime, seu cliente enviou uma carta para a mãe, na qual dizia que precisava falar com ela pessoalmente e com urgência, já que o assunto era “questão de vida ou morte”.
 
Ainda conforme o advogado Erick Willian Couto, a mãe vai conseguir conversar com o neto somente no próximo sábado (7/11) sobre o crime do qual ele teria sido vítima na madrugada de segunda-feira (2/1).
 
“Já a minha visita para ouvir melhor o relato dele acontecerá na próxima semana. A partir disso, vou obter mais informações sobre o caso e analisar como vamos seguir no processo”, explicou o advogado.

Ele disse que seu cliente faz uso de vários remédios controlados e que cumpre pena por roubo há cerca de dois anos. “A previsão é que em março ele tenha progressão de pena. O meu cliente é de Unaí, estava preso em presídio de Patos de Minas e, recentemente, foi transferido para Patrocínio.”

Advogado divulga nota de repúdio

Carta manuscrita enviada pelo preso para a mãe 12 dias em que ele pede para 'largar tudo' e ir visitá-lo; ele diz que 'é caso de vida ou morte'
Carta enviada pelo preso de 22 anos para a mãe 12 dias antes do suposto estupro em que ele pede para 'largar tudo' e ir visitá-lo (foto: Reprodução)

Erick Couto divulgou nesta quinta-feira (5/1) nota de repúdio em que cobra a garantia para seu cliente de execução da pena humanizada. Confira a nota na íntegra: 

“A defesa da vítima vem a público repudiar os atos de violência sexual praticados em seu desfavor, nas dependências da Penitenciária Expedito de Faria Tavares em Patrocínio/MG, no último dia 02/01.
 
Nós acompanharemos com afinco toda a apuração do ato criminoso junto á autoridade policial competente na medida de nossas prerrogativas profissionais, e informamos ainda que todas as medidas cabíveis serão tomadas, considerando que é dever do Estado a garantia de execução humanizada da pena bem como a incolumidade (segurança) física e moral do preso sob sua custódia, por força do artigo 5, XLIX da Constituição da República.
 
Conforme informações divulgadas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, o preso passou pela equipe de saúde da unidade sendo levado para a delegacia de Polícia Civil, responsável pelas investigações criminais. A unidade aguarda o resultado do laudo da perícia médica.
 
Diante da situação, os dois detentos encontram-se em celas separadas. A direção da unidade abriu um procedimento interno para apurar as circunstâncias do ocorrido”.
 

Secretaria de Justiça investiga a denúncia de estupro

 
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) investiga o suposto crime de estupro contra o jovem.
 
O detento, que toma remédios controlados, disse em depoimento que a desconfiança começou quando ele acordou com dores no ânus e sujo de fezes. Em seguida, a suposta vítima disse que outros detentos confirmaram que o suspeito teria confessado o crime para eles.
 
A Sejusp, por meio do Departamento Penitenciário (Depen – MG) destacou, inicialmente, por meio de nota, que é importante esclarecer que o caso está em investigação e ainda não há a confirmação do crime de estupro contra o jovem detento. 
 
“O detento alegou para os policiais penais da unidade, na manhã desta segunda-feira (2/1), ter sido vítima de um suposto estupro por parte de outro detento da cela em que ele se encontrava. A alegação foi feita após os policiais penais separarem uma briga entre os dois.  
 
O detento (suposta vítima) passou pela equipe de saúde da unidade e foi levado para a delegacia de Polícia Civil, responsável pelas investigações criminais. A unidade aguarda o resultado do laudo da perícia médica. Os dois encontram-se em celas separadas”.  
 
Ainda conforme a Sejusp, a direção da penitenciária abriu um procedimento interno para apurar as circunstâncias do ocorrido. “A unidade está controlada e segue sua rotina”, finaliza a nota.  


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