O advogado de defesa do detento, de 22 anos, que denunciou ter sido vítima de estupro em cela da Penitenciária de Patrocínio na madrugada da última segunda-feira (2/1), relatou que recebeu nesta sexta-feira (6/1) uma nova informação sobre o caso.
Ele contou que tanto o jovem detento quanto o suposto suspeito foram submetidos a um procedimento disciplinar por dez dias e não poderão receber visitas. “A avó, que ele chama de mãe, não vai poder ver ele amanhã (7/1). Eu já solicitei uma cópia de todo o procedimento”, complementou.
Ainda segundo o advogado Erick Willian Couto, está confirmado que após o suposto estupro, os dois envolvidos começaram a brigar e entraram em luta corporal. “O caso está em fase de apuração e segundo a Assistência Social do presídio, no prazo de dez dias ele não pode receber visita”, contou.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) por questões de segurança não informa sobre procedimentos disciplinares.
“As investigações do caso estão com a Polícia Civil, que é a responsável pelas investigações criminais. Não há ainda o resultado que comprove ou não o estupro”, complementou.
Confira nota da Sejusp na íntegra sobre o caso:
"A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário (Depen – MG) esclarece que um detento da Penitenciária de Patrocínio alegou para os policiais penais da unidade, na manhã desta segunda-feira (2/1), ter sido vítima de um suposto estupro por parte de outro detento da cela em que ele se encontrava. A alegação foi feita após os policiais penais separarem uma briga entre os dois.
O detento (suposta vítima) passou pela equipe de saúde da unidade e foi levado para a delegacia de Polícia Civil, responsável pelas investigações criminais. A unidade aguarda o resultado do laudo da perícia médica. Os dois encontram-se em celas separadas.
A direção da unidade abriu um procedimento interno para apurar as circunstâncias do ocorrido. A unidade está controlada e segue sua rotina”.