O carro que invadiu um prédio na noite dessa terça-feira (10/1), na Avenida Bandeirantes, no Bairro Sion, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi recolhido por um guindaste na manhã desta quarta-feira (11/1), quase 13 horas depois do acidente. O serviço foi acionado pelo próprio motorista, Eduardo Alves, de 41 anos, que negou estar disputando um ‘racha’ no momento do acidente.
A entrada do edifício no número 585 ficou completamente destruída depois que o veículo atingiu a grade do imóvel. Imagens feitas pelo circuito de câmera de segurança flagraram o momento do acidente, quando um Golf branco que seguia pela avenida, atingiu um Corolla Cinza - dirigido por um senhor de 75 anos que descia a Rua Nova Era -, e foi lançado em direção ao prédio.
De acordo com Eduardo, um terceiro veículo tentou ultrapassá-lo de maneira agressiva quando os dois andavam no sentido Praça da Bandeira, fazendo com que ele tivesse que acelerar para evitar um primeiro acidente. No entanto, o motorista do Golf foi surpreendido pelo idoso fazendo a conversão.
“Quando eu comecei a frear, ainda estava distante, mas o senhor avançou ao invés de parar no início da conversão, continuou convergindo ficando no meio da pista. Eu joguei tudo para a esquerda, mas a lateral direita bateu na frente do Corolla”, explica Eduardo.
Como o veículo ficou preso na grade do prédio, Eduardo contratou um vigia para o local, até que o carro fosse retirado essa manhã. O motorista levou sete pontos na mão e ainda diz sentir dores, já o idoso não ficou ferido.
Racha
Em conversa com o Estado de Minas, Eduardo negou a versão de que estaria disputando uma corrida na avenida, explicando que se estivesse em alta velocidade teria atravessado a grade do edifício por completo, mas o carro ficou pendurado na estrutura.
“Se eu estivesse acelerando eu teria entrado para dentro do prédio e parado na fachada de dentro. O meu carro bateu na grade ficando de maneira pendular, mas o peso o fez cair lá embaixo”, diz.
O motorista que ainda não sabe se conseguirá recuperar o carro e nem fez um levantamento dos custos de reparo. Segundo ele, o veículo provavelmente teve perda total.
Reparos no prédio
Daniel Sanches, síndico do prédio, explicou que com o acidente o imovel ficou totalmente exposto com as avarias sofridas na entrada. Porém, o administrador ainda não sabe quanto custará o reparo e nem quem irá arcar com os custos.
“O Eduardo chegou a arcar com o vigia ontem, mas quanto ao resto dos custos ele passou nosso contato ao seu advogado. Hoje um serralheiro deve fazer um orçamento para a grade e amanhã alguém vai olhar sobre as partes elétricas que foram danificadas”, comentou o síndico.
Já o motorista do Golf argumenta que o intermédio com o advogado é por entender que a culpa do acidente não é sua. “Não tem como eu sair pagando portão, interfone e tudo mais, porque não sou o culpado”, ressalta.
Mudanças no trânsito local
Segundo o advogado e morador do prédio, Daniel Tostes, acidentes no local já são recorrentes, tendo inclusive acontecido uma ocorrência em dezembro que destruiu uma parte do canteiro central da avenida. Com a batida da última noite, os moradores passaram a reivindicar uma alteração no trânsito local junto à BHTrans.
Em nota a Prefeitura de BH (PBH), informou que o cruzamento possui parada obrigatória e placas de velocidade máxima de 40km/h, para a Rua Nova Era, e 50 km/h na Bandeirantes. Agentes da BHTrans irão realizar uma vistoria no local e verificar a necessidade de ajustes na sinalização.
*Estagiário sob supervisão