A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) solicitou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que seja respeitada uma escala mínima de funcionamento dos ônibus na capital diante do anúncio de greve dos trabalhadores rodoviários a partir da próxima segunda-feira (16/1).
paralisação dos motoristas de ônibus afetará o transporte de um milhão de passageiros em BH e região metropolitana e trará prejuízos ao setor de comércio da capital.
De acordo com estimativa da CDL, a O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva também lembrou que este é o segundo indicativo de greve da categoria em menos de um mês. Em dezembro do ano passado o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH) concovou uma paralisação que não foi à cabo após determinação judicial determinando que os trabalhadores e o sindicato patronal participassem de uma reunião de conciliação.
“Sabemos o quanto o direito à greve é legítimo. Todos os trabalhadores têm o direito de reivindicar melhores condições salariais e de trabalho. Contudo, os passageiros e a principal atividade econômica da cidade não podem ser prejudicados por ações de terceiros”, disse o dirigente.
A greve dos trabalhadores foi anunciada nesta sexta-feira (13/1). A categoria reivindica o retorno do pagamento de ticket alimentação durante as férias, mudanças nos intervalos de trabalho e reajuste salarial com ganho acima da inflação.
Mesmo com acordo fechado na Grande BH para um reajuste de 8,2%, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) ofereceu aos funcionários de Belo Horizonte um aumento de 7,19%.
A CDL não informou como seria o funcionamento do transporte na escala mínima solicitada. A reportagem entrou em contato com a entidade e aguarda retorno.
A reportagem entrou em contato com o Ministério Público do Trabalho para solicitar informações sobre o andamento do pedido da CDL. Até a finalização desta matéria, não houve resposta.
O que diz a PBH
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) apelou para que os sindicatos patronal e laboral cheguem a um acordo nas negociações. Segundo o Executivo Municipal, o atual contrato com as concessionárias prevê que as empresas têm responsabilidade exclusiva na negociação com os funcionários.
A PBH ainda afirma que o índice de 8,2% de reajuste reivindicado pelos trabalhadores será considerado no equilíbrio econômico-financeiro do contrato firmado com as concessionárias.