O problema dos moradores de Capitólio, no Sudoeste de Minas, que estão com a mobilidade prejudicada há cinco dias por causa de um alagamento nas principais ruas de acesso ao município, pode estar perto do alívio. O problema foi causado após o transbordamento do rio Piumhi, na última segunda-feira (9/11).
Segundo o prefeito da cidade Cristiano Geraldo (PP), o alagamento ocorre em função de um assoreamento no canal de escoação da água do rio, que causou o transbordamento. A situação tramita desde 2008 em âmbito judicial contra Furnas Centrais Elétricas que, segundo o Executivo, é a responsável pela limpeza e manutenção do canal.
Por meio de nota, a prefeitura informou que ajuizou uma ação contra Furnas, solicitando a limpeza: “Ajuizamos uma ação de obrigação de fazer com pedido de antecipação de tutela em face de Furnas Centrais Elétricas S/A, a fim de que a requerida realizasse a limpeza e manutenção do canal, o qual por falta de manutenção e ocorrência de assoreamento vem provocando uma diminuição da vazão da água e consequentemente, aumento do nível do represamento da água do lago artificial de Capitólio, causando inundações na cidade em períodos de chuvas”, diz o documento.
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Transtornos
Quarenta e duas casas foram atingidas pelo alagamento, deixando 10 pessoas desabrigadas e 32 desalojadas em Capitólio. As famílias foram acolhidas pela prefeitura e estão abrigadas na Escola Municipal Elias Teodoro. Os desalojados foram para a casa de parentes e amigos.
De acordo com Secretaria de Obras do município, a entrada pelo aterro está interditada e a entrada principal está liberada somente para carros altos, caminhões e ônibus. Os outros veículos têm como opções a entrada pelo dique e pelo socorro.
Conforme o Decreto Estadual NE n. 11 de 10 de janeiro de 2023, Capitólio encontra-se em situação de emergência.