A PBH afirmou, por meio de nota, que não enviou "representantes na reunião por tratar-se de discussão entre privados. O atual contrato de concessão estabelece que compete exclusivamente às empresas de ônibus negociar com os seus trabalhadores".
Segundo o STTRBH, "tentaram marcar uma reunião para hoje, às 18h, mas o presidente do Sindicato não vai comparecer. Tem uma reunião pré-agendada para amanhã (segunda) de manhã. Mas a greve continua, isso não vai afetar em nada o movimento que vai iniciar na parte da manhã de segunda-feira". Para a negociaçãode amanhã, o sindicato confirmou a presença do presidente.
Mesmo com a paralisação, os ônibus circularão com, pelo menos, 30% da capacidade total em Belo Horizonte. A greve foi anunciada na última sexta-feira (13/1). Os funcionários pedem a volta do pagamento do ticket alimentação durante as férias, alterações nas regras de intervalo de trabalho e um reajuste salarial com ganho acima da inflação.
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Enquanto na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os funcionários dos transportes coletivos tiveram aumento de 8,2% nos vencimentos, na capital as empresas estão oferecendo um aumento de 7,19%, o que também vem causando insatisfação.
De acordo com o SetraBH, a reunião de mediação deve incluir a Prefeitura de Belo Horizonte, uma vez que o reajuste dos trabalhadores seria imediatamente repassado às tarifas cobradas dos usuários. A entidade patronal ainda aponta que o subsídio emergencial concedido pelo Executivo Municipal em julho de 2022 foi apenas uma forma de viabilizar custos de operação do aumento de 30% no número de viagens.
No fim do ano passado, uma outra greve foi anunciada pelo STTRBH. O movimento, marcado para 26 de dezembro, no entanto, foi suspenso após reunião de emergência convocada pelo MPT. Em reunião entre as empresas e os trabalhadores ocorrida em 4 de janeiro, o SetraBH manteve a proposta de reajuste de 7,19% e, diante da oferta, os rodoviários decidiram pela paralisação.