Jornal Estado de Minas

TRANSPORTE COLETIVO

Greve de ônibus tem baixa adesão, mas traz transtornos para população



Com duas estações de ônibus fechadas, a paralisação dos rodoviários, marcada para esta segunda-feira, (16/1), teve uma baixa adesão da categoria. Apesar disso, o movimento provocou atrasos, superlotação e transtornos aos passageiros nesta manhã.





Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH), o serviço opera com mais do que os 30% da escala mínima. “Somente na São Gabriel e Barreiro, os rodoviários aderiram completamente a greve. Na rua, os ônibus estão rodando normalmente”, conta Adilson Silva, representante do STTRBH, Adilson Silva.

Apesar da inicial baixa adesão, a greve não tem previsão de término. “Estamos vendo um completo descaso com a categoria. Hoje deixamos registrado nossa insatisfação com o sindicato patronal, que não está olhando a situação do trabalhador”, ressalta Silva.

Ele diz que não houve diálogo das empresas de ônibus com os trabalhadores e que as reivindicações eram feitas desde outubro do ano passado. “Eles não sentaram com a gente para conversar. Chamaram a reunião de última hora em um domingo à noite e dizem que a gente não quis participar”, declara.





O fechamento das estações São Gabriel e Barreiro resultou em trânsito e ônibus lotado no entorno dos terminais. Nas demais estações, como Vilarinho e Pampulha, a paralisação foi parcial e atingiu menos de 30% da frota, segundo o STTRBH.

A reportagem do Estado de Minas questionou a Prefeitura de Belo Horizonte sobre quantos usuários e linhas foram impactados pela paralisação e aguarda retorno.

Demora e superlotação 

Quem precisou do transporte público nesta manhã enfrentou demora, fila e ônibus lotados. Há relatos de pessoas que ficam mais de uma horas esperando pelo transporte. Nas ruas, pontos de ônibus lotados e passageiros atrasados para chegar ao trabalho.

A vendedora Lorena Marinho, de 24 anos, chegou na estação São Gabriel e ficou surpresa ao ver o terminal fechado. “Eu sabia da greve, mas não estava esperando que a estação estivesse fechado. Agora, com certeza, vou me atrasar para o trabalho”, disse.

Nesta manhã, o trânsito teve congestionamentos nas principais vias da capital. Para chegar ao trabalho, muita gente tirou o carro da garagem ou apostou em transportes por aplicativos ou táxi. A reportagem do Estado de Minas percorreu trechos da capital e registrou lentidão em alguns pontos, antes mesmo das 7h, horário que costuma ter fluxo maior de veículos nas ruas.