Jornal Estado de Minas

"UM ABSURDO"

Advogado de preso que teria sido estuprado lamenta falta de respostas



Após duas semanas da denúncia de um detento de 22 anos, que disse ter sido vítima de estupro em uma das celas da Penitenciária de Patrocínio, o advogado lamenta a falta de respostas.





"Até agora não conseguimos visitá-lo. Somente no próximo sábado, a família vai conseguir essa visita, de acordo com os quadros de horário da OAB e levando em consideração que procedimento disciplinar (após se envolver em luta corporal com o suspeito) já acabou. Essa penalização era por dez dias", contou Erick Willian Couto, advogado de defesa da suposta vítima de estupro.

O advogado adiantou que vai protocolar nesta segunda-feira (16/1), na Justiça, um pedido de transferência de estabelecimento prisional. "Enviei um ofício com questionamentos para o diretor do presídio na sexta-feira passada e, até agora, não me deram retorno. Um absurdo".

Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o caso ainda está em investigação e não há confirmação do crime de estupro até o momento.





" A unidade aguarda o resultado do laudo da perícia médica", disse em nota.

O Estado de Minas procurou a PCMG para se manifestar sobre o caso, mas não obteve resposta.

Crime teria ocorrido enquanto o detento dormia


Segundo relato do detento para registro policial, o suposto estupro teria sido praticado por outro detento enquanto ele dormia na madrugada do último dia 2.

O jovem, que toma remédios controlados, disse que a desconfiança começou quando ele acordou com dores no ânus e sujo de fezes. Em seguida, a suposta vítima relatou que outros detentos confirmaram que o suspeito confessou o crime para eles.