A Polícia Civil divulgou nesta terça-feira (17/1), uma foto de Vitor Ferreira Martins da Silva, de 22 anos, que em 17 de julho de 2022, assassinou, com um tiro na cabeça, sua então companheira, a comerciante Ialana Silva Martins, de 26 anos.
Desde então, ele vinha ameaçando a família da vítima de morte, caso não lhe desse dinheiro. O medo tomou conta dos parentes e uma irmã gêmea da vítima, Yasmin, chegou a se mudar de casa com o marido e a filha.
Leia Mais
Homem espancado e jogado no Arrudas por dívida com o tráfico de drogasRepresa Várzea das Flores, em Betim, atinge 98% da capacidade máximaMEC oficializa reajuste no salário de professor; mineiros cobram atrasadosJovem de 20 anos desaparece após sair de balada em PiraporaApós chuvas, cratera aumenta de tamanho e se aproxima de residênciaSegundo os delegados Marcelo Cali, Juliana Califf e Otávio Luiz de Carvalho, da Delegacia de Homicídio de Betim, que trabalham no caso, toda a mecânica do crime já foi levantada nas investigações, a partir da localização de um amigo do autor do crime, que seria usado por ele, mas que acabou 'abandonando' o criminoso horas antes do assassinato.
O crime
No dia do crime, Vitor chegou em casa tarde da noite, quase à meia-noite. Ialana teria pedido para ele sair de casa, pois não queria mais o relacionamento. Eles estavam juntos há um ano e moravam no mesmo apartamento há quatro meses. O pedido já tinha sido feito reiteradas vezes, segundo familiares.
O delegado Cali conta que Ialana chegou a conversar com o pai de Marcelo. Ela contou que foi agredida várias vezes e pediu ajuda para que o pai convencesse o filho a sair da casa, que foi comprada por ela. "Ele não trabalhava. Ela sustentava a casa. Tinha uma loja, comprou o apartamento onde moravam e um carro. Ele a afastou de sua família", destacou o delegado.
No dia do crime, depois de chegar tarde em casa, Vitor trocou de roupa e disse que sairia novamente para se encontrar com um amigo. Saiu de casa, mas pouco tempo retornou. Ialana teria decidido sair. Deixou o apartamento e foi para o carro. Vitor foi atrás e assentou-se no bando do passageiro.
Depois de percorrer 300 metros do apartamento, Ialana foi morta. O corpo foi encontrado na manhã do dia seguinte, dentro do carro, no banco do motorista.
As investigações apontaram que no dia do crime, Vitor estava num bar com um amigo e mulheres. Ele teria decidido ir até em casa tomar um banho e trocar de roupa. Pediu ao amigo e combinaram de voltar ao bar. O amigo o levou até o apartamento. Ficou esperando, mas como Vitor demorou, foi embora. Seria a partir desse momento, que o crime aconteceu.
Nas investigações, os policiais encontraram esse amigo e descobriram que Vitor teria ligado para ele, afirmando que o teria deixado "numa situação difícil". Desde então, não se falaram mais. Vitor está desaparecido.
Ameaças
Desde o dia do crime, a família de Ialana, em especial sua irmã gêmea Yasmin, vem sendo ameaçada com telefonemas. Vitor diz que quer um dinheiro que seria seu e que estava com Ialana.
Mudanças Ialana nasceu em Contagem, onde ainda mora os familiares. Depois que conheceu Vitor, sua vida mudou. Segundo os parentes, ela foi tirada de casa e levada para Betim, por influência do companheiro.
Vitor também teria feito Ialana comprar um apartamento. A família acusa o homem de explorar a mulher que também era comerciante e tinha uma loja em Betim. Falam, inclusive, que Vitor agredia constantemente a vítima e que sempre lhe tomava dinheiro.
Desde que o crime aconteceu, Vitor, segundo a família, tem ligado tentando extorquir dinheiro. Os parentes contam, também, que o motivo da morte teria sido o fato de Ialana ter decidido terminar com o companheiro, o que não foi aceito por ele.
Qualquer informação sobre o paradeiro de Vitor pode ser repassada pelos telefones 181 ou 197, ambos da Polícia Civil. O sigilo é garantido.