Jornal Estado de Minas

GREVE DOS RODOVIÁRIOS

Risco de nova greve de ônibus em BH está quase descartado, diz sindicato

O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH) informou nesta quarta-feira (18/1) que a retomada do movimento grevista está praticamente descartada. A entidade prevê que a proposta de reajuste no salário feita pelas empresas de transporte será acolhida pela maioria dos funcionários. 

 
Nesse sentido, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) ofereceu 8,2% de aumento no salário, que, conforme salienta a entidade, está “em simetria ao concedido no sistema metropolitano”. Os valores reajustados passarão a ser pagos a partir de março, juntamente com a totalidade devida de forma retroativa à data-base da categoria.




 
Por isso, representantes do STTRBH percorrem estações da capital, nesta quarta-feira, desde as 8h, colhendo os votos dos trabalhadores em relação ao que foi apresentado pelo SetraBH. Até o fechamento desta reportagem, a apuração estava em curso e não havia previsão de término. 
 
A resposta da maioria será encaminhada ao Ministério Público do Trabalho nesta quinta-feira (19/1), o que poderá encerrar qualquer possibilidade de novo movimento grevista caso, de fato, as entidades sindicais cheguem a um acordo. À reportagem, o SetraBH – assim como o sindicato dos rodoviários – disse que considera pouco provável a retomada da paralisação. 
 
Vale dizer que, além dos salários, a proposta apresentada pelo SetraBH prevê retorno do ticket alimentação nas férias, a partir de janeiro. Outra solicitação da categoria, de regulamentação do tempo de descanso para 1h20 por dia, seguirá na Justiça. O STTRBH havia conseguido o atendimento da reivindicação judicialmente, mas as empresas de ônibus recorreram.




 

Paralisação 

 
A paralisação teve início na madrugada da última segunda-feira (16/1), mas, no mesmo dia, no início da tarde, o oferecimento do serviço de transporte foi restabelecido diante da proposta apresentada pelo sindicato patronal. 
 
Vale dizer que, apesar da curta duração e da baixa adesão, passageiros enfrentaram alguns transtornos, como atrasos e superlotação. Além disso, a greve relâmpago gerou um aumento de 20% no número de usuários do metrô da capital