A Prefeitura de Belo Horizonte passou a oferecer o remédio Paxlovid, indicado para tratamento contra a COVID-19. O medicamento foi aprovado em março do ano passado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e adquirido e repassada pelo Ministério da Saúde à administração municipal em novembro.
A oferta do medicamento em BH acontece pela Rede SUS, é gratuita e necessita de prescrição médica. A recomendação é que ele seja usado em até cinco dias a partir do surgimento dos primeiros sintomas. Além disso, o tratamento é indicado para pessoas acima de 65 anos, ou maiores de 18 anos com doenças imunossupressoras.
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Com eficácia de 89% contra hospitalização e morte de idosos e pessoas com baixa imunidade. No Brasil, a Anvisa aprovou o remédio em março. Em maio, sua distribuição no SUS foi aprovada, mas, em agosto, o governo ainda estava em "tratativas" para a compra. E o primeiro lote do antiviral foi entregue no fim de setembro.
Conforme o Ministério da Saúde, 50 mil doses do remédio já foram distribuídas aos estados, conforme solicitação das secretarias estaduais de saúde em 2022. Nos próximos dias, uma nova remessa com mais 50 mil unidades devem chegar ao país.
Preço fora do SUS
Além de permitir a distribuição e uso no Sistema Único de Saúde (SUS), a Anvisa também autorizou que o remédio contra a COVID-19 também fosse vendido em farmácias privadas do país. No entanto, nas prateleiras o medicamento pode chegar a custar R$ 5 mil.
Como funciona o remédio?
O Paxlovid é composto por dois medicamentos que são ingeridos simultaneamente. Cada dose contém dois comprimidos do nirmatrelvir, de cor rosa, e um do ritonavir, branco.
Enquanto o primeiro inibe a liberação das proteínas de replicação do vírus, o segundo diminui a assimilação do primeiro comprimido pelo organismo, que, em maior quantidade no sangue, combate o vírus.
Quando o Paxlovid é receitado?
O antiviral deve ser receitado apenas durante os cinco primeiros dias de sintomas da COVID-19. A recomendação é que o remédio seja ministrado em pacientes maiores de 18 anos com comorbidade e idosos que estejam com sintomas leves a moderados da doença.
São definidos como casos leves a moderados de COVID-19 os indivíduos com quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos e com confirmação laboratorial para COVID-19. É obrigatório que não exista indicação de oxigenoterapia suplementar.
Quais as contraindicações?
De acordo com a bula do Paxlovid, não é recomendado que os comprimidos sejam usados após os cinco primeiros dias de sintomas da COVID, além daqueles pacientes com menos de 40 kg e pessoas com insuficiência renal grave, insuficiência hepática grave ou suspeita de cirrose.