Jornal Estado de Minas

NA MÃO DA POLÍCIA

Traficante mineiro mais procurado terá de responder a crimes no Rio

João Felipe Alves da Silva, de 35 anos, um dos principais traficantes que agiam na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi preso o traficante na favela Parada de Lucas, no Rio de Janeiro, na manhã de quinta-feira (19/1).



A prisão foi um trabalho conjunto das polícias civis de Minas Gerais e Rio de Janeiro. João  Felipe estava foragido desde 2019 e terá de passar por audiência na justiça criminal do Rio de Janeiro. Só depois é que poderá ser transferido para um presídio mineiro.


Há suspeitas de participações em crimes, no Rio de Janeiro, de João Felipe, tanto em tráfico de drogas, como em homicídios - por isso, uma investigação está sendo feita pela Polícia Civil daquele estado.


O traficante era alvo prioritário das polícias e justiça de Minas Gerais, por liderar uma das maiores organizações criminosas do estado, responsável pela distribuição de drogas em toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte, além de abastecer algumas comunidades cariocas com cocaína.





A prisão foi consequência da Operação Saxa-Montis. As investigações apontaram que a organização criminosa tinha atuação territorial, com distribuição de drogas, no Rio de Janeiro, em Vespasiano e Belo Horizonte. Na capital, nas favelas Morro das Pedras, Santa Maria e Ventosa, na zona sul; Bairro Céu Azul, na norte; bairros São Gabriel, Jardim Vitória e Goiânia, na leste, e Pedreira Prado Lopes, nordeste.


Foram oito meses de investigações desde a criação da Saxa-Montis. Nesse período, os negócios do traficante foram o alvo principal e resultaram na apreensão de 1,25 tonelada de cocaína.


No total, foram cumpridos 32 mandados de prisão preventiva, realizados 52 mandados de busca e apreensão domiciliares, 60 mandados de busca e apreensão de veículos, dez imóveis de luxo sequestrados judicialmente, R$ 600 mil em dinheiro apreendidos e vários bloqueios de ativos financeiros.


Trinta réus da organização criminosa já foram condenados, perfazendo um total de 1.549 anos de prisão. As maiores penas foram dadas a líderes do grupo, condenados a 162 anos, 139 anos, 134 anos e 129 anos, por crimes de integrar organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.