A morte de um homem, Lyncoln Kannydyan Lopes Soares Vieira, de 28 anos, em uma clínica de reabilitação, em Montes Claros, no norte do estado, está sendo investigada pela Polícia Civil.
A primeira informação, dada por uma enfermeira que trabalha no local, foi de que o homem teria caído depois de passar mal. Mas marcas encontradas no corpo da vítima seriam, segundo os policiais, marcas de espancamento e indício de que a morte teria acontecido por linchamento.
A primeira suspeita de que a vítima teria sido espancada partiu de um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Chamado para atendimento, ele acionou a Polícia Militar, que por sua vez chamou a perícia.
Nas imagens das câmeras de segurança da clínica, segundo os policiais, Lincoln é visto sendo socado, chutado e pisoteado. Ele chegou a ser amarrado e levado para a sala de enfermaria, que fica nos fundos da casa.
Segundo as primeiras informações, o homem teria surtado por abstinência de drogas. Ele se tornou violento e, além de quebrar os vidros de uma janela, tentou agredir uma enfermeira, a quem teria ameaçado segurando cacos de vidro, dizendo que iria fugir da clínica.
Foi nesse momento que outros internos atacaram Lincoln. A enfermeira ameaçada, quando interrogada, negou que isso tenha acontecido e que também não teria havido espancamento - mas, ao ver as imagens, acabou admitindo o ocorrido.
Na delegacia, os internos confessaram as agressões, mas alegaram não ter intenção de matar a vítima, apenas proteger a enfermeira. O corpo foi encaminhado para o IML.