O pai do pequeno Ian Henrique Almeida Cunha, de 2 anos, que morreu na madrugada de 10 de janeiro, em Belo Horizonte, após ser internado em estado grave, vítima de maus-tratos, já havia sido denunciado por agressões contra a criança. O caso foi registrado em meados de 2022.
Ian morreu em decorrência de um traumatismo craniano provocado por ''instrumento contundente''. A criança estava internada no Hospital do Pronto Socorro João XXIII, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul da capital, desde o dia 8.
Logo que o menino deu entrada no hospital, o pai e a madrasta foram presos em flagrante. O homem foi detido por omissão de socorro, e ela, como responsável pelas agressões. No dia em que o óbito foi notificado, a Justiça acatou o pedido do Ministério Público e transformou as prisões em preventivas.
De acordo com o delegado Diego Lopes, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Minas Gerais, até o momento não é possível informar qual objeto causou o trauma encefálico. No entanto, devido à extensão do ferimento foi necessária “grande energia de força”.
Em depoimento, a mulher afirmou que, no dia 7, durante o almoço, uma panela caiu no chão da cozinha, que ficou engordurado, e, logo em seguida, Ian teria escorregado, caído e batido a cabeça. Ainda segundo a madrasta, em um primeiro momento, o menino estava bem, pediu colo, e acabou dormindo. Mais tarde, ele foi encontrado, pelo pai, desacordado no sofá.
Ameaças
Também nesta quarta-feira, a Polícia Civil deflagrou operação de cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e Santa Luzia, na Região Metropolitana.
Um dos locais visitados foi a casa do pai de Ian, onde eles encontraram pichações com pedidos por “justiça”. Segundo o delegado Diego Lopes, familiares do pai do menino retiraram alguns móveis da residência, após populares ameaçarem atear fogo no local.
Um dos locais visitados foi a casa do pai de Ian, onde eles encontraram pichações com pedidos por “justiça”. Segundo o delegado Diego Lopes, familiares do pai do menino retiraram alguns móveis da residência, após populares ameaçarem atear fogo no local.
Apesar disso, a “limpeza” do local não atrapalhou o processos de investigação já que na noite em que as prisões foram efetuadas, a casa foi periciada.