Morte por engano. Essa foi a conclusão das investigações da Polícia Civil para o assassinato de Renato Souza Amorim, de 44 anos, o “Renatinho”, que trabalhava como segurança do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), ocorrida em 15 de abril de 2022, no Bairro Paulo VI, Zona Norte de Belo Horizonte.
Três homens apontados como autores – “Gigante”, de 26 anos, chamado assim por ter mais de dois metros, e dois primos, de 20 e 29 – foram presos e indiciados.
Leia Mais
Mulher trans é assassinada a tiros no Norte de MinasCorrupção em presídio: MP faz novas denúncias contra envolvidos em MinasLadrão capota carro roubado e é preso no Anel Rodoviário de BHDetento engole celular em VarginhaHomem tem dentes arrancados e é espancado até a morte em Mateus LemeSegundo o delegado Leandro Alves Santos, do departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), tudo teria começado com duas brigas em um bar do bairro. Um adolescente teria batido em “Gigante” duas vezes, sendo a segunda, no dia do crime.
“Gigante” teria jurado o adolescente de morte, logo depois da segunda surra, que aconteceu por volta de 3h50.
Segundo testemunhas, cerca de uma hora depois, o segurança tinha ido ao bar, acompanhado de um amigo, para comprar cerveja. No entanto, o bar estava fechado, justamente por causa da briga. Resolveu então, voltar para casa.
“Renatinho”, vestia uma blusa branca, parecida com a do adolescente que havia agredido “Gigante”. Ao avistar o segurança, o homem, que estava num Fiat Siena, desceu do veículo e atirou. O amigo de “Renatinho” correu e conseguiu escapar.
Para tentar despistar a atenção da polícia, “Gigante” procurou um posto da Polícia Militar e registrou um boletim de assalto do qual teria sido vítima, no mesmo horário, em outro local.
No dia no crime, no momento em que “Renatinho” foi atingido, uma mulher que estava no local teria gritado para “Gigante”, que a vítima atingida pelos tiros não seria o adolesente: “Não era esse, não era esse”.