O futuro da Rua Bartolomeu de Gusmão, no Bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte, deixa moradores em dúvida. Um quarteirão da via está com trânsito interditado desde setembro do ano passado sob promessa de construção de uma praça pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). As obras, no entanto, nunca saíram do papel.
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Questionada pela reportagem, a PBH disse que o fechamento da via será reavaliado por equipes da BHTrans. A prefeitura, porém, também afirma que a praça da Rua Bartolomeu de Gusmão encontra-se em fase final de revisão, etapa anterior à abertura de um processo licitatório para realização das obras.
O que dizem moradores da região
O cenário de indefinição se repete entre moradores e trabalhadores da região. Naiara Cristina mora e trabalha na rua e se divide em relação aos impactos do fechamento da via.
“Para o comércio foi ruim, fecharam e não deram satisfação. Eu tinha uma casa de rações aqui, e ela foi bem afetada. Eu já tinha o projeto de fechar a loja e, com a interdição e a queda no movimento, ele foi antecipado. Meu pai tem uma oficina de carros na rua há mais de 30 anos e reclamado bastante. O fluxo de clientes diminuiu, o pessoal fica confuso com a sinalização”, conta.
Naiara, no entanto, aprova a construção da praça e até avalia positivamente a interdição da rua nos últimos meses. “Para os moradores é ótimo, tudo mais calmo, até meu filho pode brincar, ficamos tranquilos na calçada”.
O empresário Júlio César Bacelar é morador da região, mas não aprova a interdição da rua e a construção da praça. Ele argumenta que os arredores já contam com a Praça Tejo no quarteirão vizinho e que o trânsito fica comprometido sem a Rua Bartolomeu de Gusmão.
“Eu rodo bastante pela região e percebo que o trânsito ficou bem pior. Eu, por exemplo, quando saio de casa, agora sou obrigado a pegar a Pará de Minas, que está sempre movimentada. Além disso, o povo usava a rua para desviar e acessar o Anel Rodoviário e a Praça São Vicente. Já temos uma praça na região, não vejo essa mudança como algo viável em momento algum”, protesta.