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Estado de Minas CRIME BÁRBARO

Polícia prende suspeita de matar e concretar marido debaixo da cama

Mulher teria estrangulado o homem após uma discussão causada por ciúmes; o corpo foi encontrado pelo pai da suspeita, que ficou quase três meses foragida


30/01/2023 11:37 - atualizado 30/01/2023 12:23

Ocupação Rosa Leão, em Belo Horizonte
Ocupação Rosa Leão, Bairro Granja Werneck, Região Norte de Belo Horizonte; suspeita confessou o crime (foto: Rodrigo Clemente/PBH)
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, no último dia 25 de janeiro, a mulher suspeita de ter matado seu marido, Marcos Antônio Soares, e concretado seu corpo embaixo da cama do casal. O crime aconteceu em 6 de novembro de 2022, na Ocupação Rosa Leão, Bairro Granja Werneck, Região Norte de Belo Horizonte. Ela confessou o assassinato.

Em coletiva realizada hoje (30/1), Ingrid Estevam, delegada da PCMG, informou que o casal vivia junto há cerca de 18 anos e que tinham três filhos, de 9, 13 e 17 anos. De acordo com a delegada, a vítima sofria violências frequentes no relacionamento. Marcos tinha um porte físico mais franzino, enquanto a suspeita era mais forte e se valia disso para agredi-lo.

O assassinato

A delegada informou que o motivo das agressões frequentes era, principalmente, ciúmes, e que a mulher sempre ia atrás de informações sobre possíveis traições do marido. Familiares da vítima classificaram como “perseguição” a forma com que a suspeita agia.

No dia do crime, a suspeita teria conseguido acessar o celular do marido e não teria gostado do conteúdo de algumas mensagens encontradas. Ela então questionou a vítima sobre a situação, o que iniciou uma discussão.

Com o homem sentado na cama, a mulher partiu para cima dele e começou a estrangulá-lo até seu desfalecimento, primeiro com as mãos e depois com um fio de carregador de telefone celular. Ao ver que o objeto utilizado não surtia mais efeito, ela passou a utilizar um pedaço de pano para impedir que a vítima voltasse a respirar.
 
A Polícia Civil de Minas Gerais concedeu entrevista coletiva
A Polícia Civil de Minas Gerais concedeu entrevista coletiva para falar sobre o crime e a prisão da suspeita (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
 
 

‘Perdão’ na igreja

Segundo a PC, logo após o homicídio, a mulher colocou o corpo do marido debaixo da cama do casal e foi para uma igreja. Voltando da igreja e sentindo-se perdoada, a suspeita decidiu concretar o corpo debaixo para impedir que este fosse encontrado.

Dormindo sobre o cadáver

Depois de concretar o corpo de Marcos Antônio embaixo da cama do casal, a mulher continuou dormindo no local por cerca de uma semana. Um filho da vítima começou, então, a questionar o paradeiro de seu pai, que havia sumido por alguns dias. A mulher então fugiu, deixou seus filhos aos cuidados do avô.

O corpo do homem foi encontrado pelo pai da suspeita quando foi até a casa da mulher para buscar roupas para as crianças, deixadas às pressas aos seus cuidados.

Mas conforme o estado de decomposição do corpo foi avançando, o cadáver começou a inchar e quebrar a estrutura de concreto formada sobre o homem, o que causou mau cheiro e atraiu grande quantidade de moscas para o local, o que foi percebido pelo pai da suspeita.

Quando ele foi procurar a origem do odor, encontrou o corpo do genro concretado embaixo do cama do casal.

Participação de terceiros

De acordo com a delegada Ingrid Estevam, está descartada a participação de terceiros no assassinato e ocultação do cadáver. Isso porque levando-se em conta o porte físico dos envolvidos, é plausível que ela tenha agido sozinha.

Apesar disso, a PC está investigando pessoas que abrigam a mulher durante o período durante os três meses em que passou foragida da Justiça. Ela foi presa na última quarta-feira (25/1), na casa de seu pai, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A mulher foi presa temporariamente e responderá por homicídio duplamente qualificado, pela forma cruel com que cometeu o assassinato e pela impossibilidade de defesa da vítima.

De acordo com a delegada, ela não demonstrou arrependimento pelo crime e culpou a vítima por, supostamente, ter sido infiel.


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