O integrante da torcida organizada Galoucura, Renato Concórdia da Silva, conhecido como "Renato Pretão" ou "Bilico", ganhou liberdade após a Justiça acatar o argumento da defesa de que a ação do réu deveria ser classificada como crime de lesão corporal e incitação à violência, em vez de tentativa de homicídio. Ele e outros quatro integrantes haviam sido presos por agredir um torcedor do Cruzeiro no bairro Prado, na Região Oeste de Belo Horizonte, em março de 2018.
O juiz Ricardo Sávio de Oliveira considerou que a pena do condenado foi extinta após ele cumprir mais de três anos de prisão. O julgamento foi realizado nesta terça-feira (31/1), no Fórum Lafayette, no Barro Preto, em BH.
O júri ocorreria em novembro de 2021, mas o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu um laudo de corpo de delito na vítima para saber se as agressões deixaram alguma sequela.
O MPMG também denunciou Daniel Tavares de Sousa, Diego Felipe de Jesus, Marcos Vinícius Oliveira de Melo e Alan Betti Cardoso por tentativa de homicídio, organização criminosa e por promover ou incitar violência.
Em outubro de 2020, Alan Setti foi condenado a um ano e nove meses de prisão. Como estava recluso desde a data do crime, também foi posto em liberdade. Os outros três estão com julgamento marcado para o dia 30 de março.
Entenda o caso
Em 4 de março de 2018, uma briga envolvendo 18 torcedores de Atlético e Cruzeiro levou um torcedor inconsciente para o Hospital Pronto-Socorro João XXIII. O homem de 30 anos foi agredido com pauladas, chutes e socos.
Segundo informações da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), a vítima do espancamento precisou passar por cirurgias. Ao justificarem a violência, os atleticanos afirmaram terem sido provocados pelo cruzeirense.
Na ocasião, Atlético e Cruzeiro se enfrentaram pela primeira fase do Campeonato Mineiro, no estádio Independência, em Belo Horizonte. O time celeste venceu por 1 a 0, gol do atacante Raniel.