Vinte mil postos de policiamento extras serão instalados em Belo Horizonte durante o carnaval 2023, anunciaram ontem autoridades de segurança, que participaram de coletiva de imprensa sobre o evento e detalharam o esquema de proteção aos foliões para o período. Nesta primeira folia desde 2020, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai arcar com boa parte do custo financeiro, já que conta até o momento com apenas dois patrocinadores.
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Entre as estratégias da PM, destacam-se as que serão feitas por policiais a pé, por meio de drones e por equipes do Gepar e Tático Móvel. Entre elas estão abordagem na concentração, entrada, saída e dispersão; patrulha de incursão (divididas por quadrantes); reforço do policiamento nas estações do Move e metrô com maior público; envelopamento, que consiste na utilização de linhas de contenção com a finalidade de impedir o efeito "manada", coibindo arrastões, danos ao patrimônio público e demais delitos; pontos de comandamento para observação; e direcionamento dos foliões ao término do evento no Palco Estação.
Patrocínio
Sem preencher as principais cotas de patrocínio para o carnaval deste ano, a Prefeitura de Belo Horizonte divulgou que vai arcar com todo o custo financeiro restante da folia, que atualmente, conta com apenas dois patrocinadores, totalizando R$ 1,2 milhão da iniciativa privada. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa, que também contou com a Polícia Militar, detalhando o esquema de segurança do período.
Segundo presidente da Belotur, Gilberto Castro, faltando quatro dias para o início do período oficial do carnaval da capital mineira, as cotas de patrocínio confirmadas são duas: R$ 1 milhão do Sistema Fecomércio-MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais e R$ 250 mil da Rede de Supermercados BH. Essas chancelas foram adquiridas a partir do edital da Prefeitura de BH, que no total, buscava R$ 21,5 milhões de aporte financeiro para o carnaval de 2023 e 2024, sendo que o mínimo aceito era de R$ 13,5 milhões, distribuídos em R$ 6 milhões para este ano e R$ 7,5 milhões para o próximo. “Até o momento, o valor final de patrocínio é este, de R$ 1,2 milhões. Todo o restante do custo será arcado pela prefeitura”, disse o presidente da Belotur, porém sem detalhar os valores que serão investidos pela PBH.
A dificuldade de encontrar apoio financeiro para a festa deste ano também é sentida por diversos blocos de rua. Desde o início do mês, organizadores estão tentando driblar o aumento do aluguel dos trios elétricos e demais custos do bloco, fazendo financiamentos coletivos, “vaquinhas” on-line ou pedindo doações dos foliões. O trio elétrico, inclusive, é um dos custos mais altos da folia. Em 2020, o aluguel de um veículo de pequeno a médio porte custava cerca de R$ 9 mil. Atualmente, o mesmo tipo de carro já chega aos R$ 17 mil, quase o dobro.