O incêndio aconteceu no dia 24 de novembro de 2001. A casa de shows, que ficava na Avenida Tereza Cristina, Região Oeste de Belo Horizonte, não tinha alvará para funcionar. Naquela noite, uma banda que se apresentava no palco fez uma cascata de fogos de artifício, mas as fagulhas atingiram o teto e outras partes feitas de materiais inflamáveis. As chamas se alastraram rapidamente e fizeram vítimas que até hoje precisam lidar com as consequências.
A tragédia é muito semelhante ao incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que chocou o país e acaba de completar 10 anos. Durante um show na madrugada de 7 de janeiro de 2013, um artefato pirotécnico provocou um incêndio no local e matou 263 pessoas, a maioria jovens. A boate tinha apenas uma saída de emergência.
Após 21 anos, Andréia Gregorio de Castro não consegue ver as cenas dos acidentes do Canecão Mineiro e da Boate Kiss, pois a fazem lembrar do trauma vivido aos 39 anos. Ela perdeu um dos dedos, teve que passar por diversas cirurgias e ainda convive com marcas de queimadura.
O incêndio mudou toda a rotina de Andreia. Ela abandonou as salas de aula onde atuava como professora e vive hoje como artista plástica. A convidada vai trazer uma das suas obras para apresentar no podcast do Portal Uai e contar outras histórias exclusivas em torno da tragédia que abalou sua vida, e nem sempre é lembrada pelos mineiros.
O podcast "Pod ou não pode" retoma a sua programação em 2023 com episódios todas às quarta-feiras, às 14h, no Youtube do Portal Uai. Não se esqueça de deixar seu like, se inscrever no canal e enviar suas perguntas por chat.