O Restaurante Popular da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) foi reaberto nesta quarta-feira (1/2), na sede do legislativo municipal, no Bairro Santa Efigênia. Com preço de R$ 3, as refeições estão disponíveis das 11h às 14h, de segunda a sexta-feira.
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Pessoas em situação de rua com cadastro na prefeitura não pagam pelo almoço. Beneficiários do Bolsa Família têm 50% de desconto.
'Salada deliciosa'
Dona Paulina Fonseca, de 76 anos, já estava sentindo falta do restaurante. “Eu moro sozinha, se faço um almoço tenho que comer a mesma coisa na janta, no dia seguinte... e é um trabalho, né. Aqui, é perto pra mim, é bom, é barato, é muito bem feita a comida”. Todo mundo do bairro estava com saudades, segundo ela.
A pensionista mora no Pompéia e foi prestigiar a reabertura, que descobriu pela televisão. O cardápio, segundo dona Paulina, foi uma salada “deliciosa”, de tomate com acelga, arroz, feijão, frango e uma farofinha.
Quem também não perdeu a chance de almoçar bem e barato foi Adir Teixeira. O distribuidor de 41 anos passa sempre pela região, e já costumava frequentar o refeitório antes da pandemia. A comida é “excelente”, em sua opinião, e ele contou que pretende voltar.
Segurança alimentar
A subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Darklane Rodrigues, explicou que o principal público-alvo são as pessoas em situação de vulnerabilidade, que usam os serviços de saúde ou acompanham pessoas hospitalizadas. E também o público que frequenta o Parque da Cidadania, o Procon e outros serviços, que vão poder usar o refeitório.
Refeitório, e não restaurante, porque o alimento não é produzido ali. Tudo vem do Restaurante Popular Josué de Castro, na Rua Ceará. Darklane garante que o serviço é feito seguindo as regras da vigilância sanitária, com monitoramento da temperatura da saída até a chegada na Avenida Churchill — e que é conferido pela nutricionista de carreira do município.
O calendário é o mesmo para toda a cidade, definido mensalmente pelo corpo de nutricionistas dos restaurantes e gestores. Mas hoje, foi uma exceção. “Foi um dia de comemoração, de entrega para a cidade, e a gente fez um cardápio especial como fazemos em outras datas, diferente de outras unidades”, contou a subsecretária.
São quatro restaurantes: na área hospitalar, no Barreiro, em Venda Nova e o Herbert Souza, na Contorno, o mais antigo do país. Todos os dias, 10 mil refeições passam pelas mesas, 2,5 milhões por ano, movimentando por volta de R$ 24 milhões em verbas da prefeitura só em 2022.
O objetivo, segundo Darklane, é ampliar. Em especial porque, segundo a Oxfam, 33,1 milhões de brasileiros passam fome — são os dados mais recentes, sem recorte para as cidades. Mas criar novos restaurantes exige uma decisão lá em Brasília. “A gente aguarda a possibilidade junto ao governo federal para abrir novos restaurantes”, comentou, explicando que a instalação depende de verba federal, e a manutenção fica sob responsabilidade do município.