Vinte das 29 vítimas do acidente envolvendo um ônibus de turismo na BR-116, em Além Paraíba, na Zona da Mata, na madrugada de segunda-feira (30/1), receberam alta nos últimos dois dias. Outras quatro foram transferidas para unidades de saúde do Rio de Janeiro e outras cinco ainda estão internadas em Minas Gerais.
Ao Estado de Minas, o Hospital São Salvador, em Além Paraíba, local para onde 24 vítimas foram encaminhadas, informou que duas pessoas foram transferidas nesta quarta-feira (1º/2), sendo uma em estado grave e outra estável, e três pacientes seguem internados na unidade. Ainda segundo o hospital, todos estão estáveis e em observação. As idades dos pacientes não foram informadas.
Por meio de nota, a Prefeitura de Além Paraíba informou que o adolescente com quadro grave precisa de tratamento especializado em trauma. Com isso, a equipe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Salvador apontou a necessidade de que a transferência fosse feita por helicóptero em razão do risco de um transporte convencional em ambulância.
Já na Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina, para onde cinco pessoas foram encaminhadas, duas pessoas seguem em observação no bloco pós-cirúrgico - sendo um adulto e um menor de idade. Uma foi transferida para o Hospital São Paulo, em Muriaé, na segunda-feira, outra foi encaminhada para o Hospital Adão Pereira Muniz, no Rio de Janeiro, e outra recebeu alta.
O ônibus que transportava 33 pessoas caiu de uma ponte de cerca de 10 metros de altura. O coletivo ficou com o teto virado para baixo. Três adolescentes, dois de 15 e um de 13 anos, e um jovem de 18 anos, tiveram múltiplas lesões nos corpos em função do trauma provocado pela batida e morreram.
Investigação
O motorista que dirigia o ônibus no momento do acidente afirmou, em depoimento à Polícia Civil nessa terça-feira (31/1), que perdeu o controle do veículo após ver uma carreta que faria uma ultrapassagem incorreta.
De acordo com a PCMG, no início do depoimento, o motorista, de 50 anos, afirmou que não se lembrava “muito bem” o ocorrido. No entanto, depois, ele disse ter tido a impressão de ter visto uma carreta e entendido que ela faria uma ultrapassagem. O homem informou, ainda, que o outro motorista teria desistido da manobra, mas que por ter se assustado, acabou jogando o ônibus para o lado.
Os investigadores esclareceram que aguardam o resultado dos laudos periciais para determinar a dinâmica da ocorrência. Além do motorista, outras vítimas, que já receberam alta do hospital, também foram ouvidas. “Outras oitivas serão realizadas no decorrer da apuração”, informou a Polícia Civil.
Conforme a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a empresa responsável pelo ônibus que transportava os atletas têm habilitação vigente para realizar transporte interestadual de passageiros, no modo fretamento. Além disso, o veículo, tinha licença de viagem válida para o trecho entre Duque de Caxias e Ubaporanga.
Relembre o caso
A comemoração dos jogadores e da comissão técnica do Esporte Clube Vila Maria Helena, clube de futebol de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, foi interrompida por uma tragédia que deixou quatro pessoas mortas. O acidente aconteceu por volta de 2h da madrugada, no KM-792 da BR-116, altura de Além paraíba, na Zona da mata mineira.
O grupo composto por atletas das equipes sub-14 e sub-18 voltava de Ubaporanga, na Região do Vale do Rio Doce de Minas, onde participaram de um torneio de futebol. Na ocasião, os times ganharam as partidas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o chamado para o resgate foi registrado por volta da 1h45. Assim que a guarnição chegou ao local, se deparou com nove vítimas já saindo do veículo por conta própria.
“Com a chegada de mais recursos, as demais vítimas foram retiradas de dentro do ônibus, bem como do seu entorno. Algumas vítimas estavam em estado grave de saúde, apresentando lesões severas e estado de consciência rebaixado”, explicou o comandante do 7º Pelotão Militar de Leopoldina, Tenente Guilherme Cantelle.
Assim que constataram o óbito dos quatro jovens, os militares acionaram a Polícia Civil. Uma das vítimas estava presa às ferragens.
De acordo com a PCMG, os procedimentos de necropsia apontaram que a causa da morte foram múltiplas lesões nos corpos em função do trauma provocado pela batida.
De acordo com a PCMG, os procedimentos de necropsia apontaram que a causa da morte foram múltiplas lesões nos corpos em função do trauma provocado pela batida.