Vídeos que circulam nas redes sociais mostram uma abordagem da Polícia Militar (PM) que terminou em confusão e agressões, no início da manhã de segunda-feira (6/2), durante a saída de uma festa realizada no bairro Vila Oeste, Região Noroeste de Belo Horizonte. A PM afirmou que a guarnição reagiu a ataques sofridos no local.
Nas filmagens, que mostram a abordagem já em andamento, o policial aparece jogando uma mulher com força ao chão e, em seguida, dando um tapa em seu rosto enquanto repete “põe a mão em mim, não”. Em outro vídeo, um policial segura a mesma mulher e a joga em direção a um carro estacionado na rua. Em seguida, o militar tenta algemá-la e ela cai ao chão.
Em outras filmagens, a mulher aparece sendo conduzida, já algemada, pelo policial. Outra mulher também aparece ao fundo de um dos vídeos, sendo colocada dentro de uma viatura enquanto um PM a segura pelos cabelos.
O Estado de Minas optou por não publicar as imagens para preservar a identidade das mulheres, a pedido de uma delas.
O Estado de Minas optou por não publicar as imagens para preservar a identidade das mulheres, a pedido de uma delas.
O que diz a Polícia Militar
Procurada pelo Estado de Minas, a Polícia Militar emitiu nota afirmando que a abordagem se deu após um acionamento sobre possível disparo de arma de fogo no local e que, ao chegar no local, a corporação passou a ser agredida por populares, entre eles a mulher que aparece nos vídeos.
A PM disse, ainda, que a atuação dos policiais se deu conforme os manuais técnicos da instituição e que foi proporcional às agressões sofridas pelos militares. Veja a nota na íntegra:
“A respeito de ocorrência policial na Rua Vereador Antônio Zandona, a Polícia Militar de Minas Gerais, por meio do 5º Batalhão, esclarece que na data de 05 de fevereiro de 2023, militares do 5º Batalhão foram acionados para averiguarem um disparo de arma de fogo, na Vila Oeste. Ao chegarem ao local dos fatos, depararam com uma briga generalizada, na qual os autores, dentre eles, uma mulher, passaram a agredir a guarnição, sendo necessária a utilização de técnicas policiais, conforme previstas nos manuais técnicos da Instituição, proporcional à agressão. A Polícia Militar informa que a circunstâncias da abordagem e os demais fatos serão apurados.”
A reportagem questionou a PMMG se a corregedoria da instituição vai apurar o caso, e sobre o tapa no rosto recebido pela mulher, mas a corporação não se manifestou. Insistimos no questionamento, mas não obtivemos resposta até o fechamento da matéria. A reportagem segue aberta para esclarecimentos.
O EM também entrou em contato com a mulher que aparece nos vídeos, mas ela preferiu não comentar o caso.