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Estado de Minas TRAGÉDIA COTIDIANA

Anel Rodoviário registrou mais de 2 acidentes com vítimas por dia em 2022

Polícia Militar Rodoviária contabiliza mais de 700 acidentes com vítimas no anel rodoviário de BH no ano passado. Foram 60 mortes ao todo


08/02/2023 16:44 - atualizado 08/02/2023 17:01

Anel Rodoviário fechado por acidente
Acidente na noite de segunda-feira (6/2) travou o trânsito em BH durante boa parte do dia seguinte (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A. Press)
O caos no trânsito de Belo Horizonte na última terça-feira (7/2) provocado por mais um acidente com mortes no Anel Rodoviário se soma a uma estatística trágica para a mobilidade urbana e a segurança de quem circula pela capital mineira. A via, que além de ligação com rodovias interestaduais, é usada como alternativa para locomoção dentro da cidade teve, no ano passado, uma média de dois acidentes com vítimas por dia.

Os dados foram fornecidos pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) e mostram que o ano de 2022 registrou uma média de 61 acidentes com vítimas por mês nos pouco mais de 27 quilômetros do Anel Rodoviário. 

A estatística contabiliza todos os acidentes que tiveram vítimas. Quando o dado leva em conta apenas as mortes na via, a conta chega em aproximadamente um falecimento a cada seis dias em 2022.

Neste ano, o cenário não se apresenta de forma diferente. Na noite de segunda-feira (6/2), um acidente envolvendo quatro veículos ocasionou a morte de um pedestre e do motorista de um carro, prensado por uma carreta. As consequências no trânsito da capital foram sentidas até a tarde do dia seguinte, já que foram necessárias 14 horas para a liberação do Anel Rodoviário.

Para o engenheiro civil e consultor em transporte e trânsito, Silvestre de Andrade, o número de acidentes registrados no Anel Rodoviário é um indicativo da situação precária da estrutura, da falta de ações de prevenção e também da característica do tráfego na via.

“É um número espantoso. É muito acidente principalmente porque é com vítima, então daí você pode inferir que há pessoas ou com sequelas e algumas delas graves, ou até mesmo pessoas que faleceram nessa circunstância. É um número absurdamente alto, todo mundo que trabalha em segurança de trânsito trabalha com a consciência do acidente zero, então qualquer número acima disso já é alto”, avalia.

Em 2022, os meses de julho e outubro lideraram os registros de acidentes com vítimas no Anel Rodoviário, com 85 e 82 ocorrências, respectivamente. O mês com menos casos foi janeiro, com 33, ainda assim, mais de um por dia. Em todo o ano, foram 732 sinistros com vítimas e 60 mortes.

Veja os registros de acidentes com vítimas mês a mês:

  • Janeiro - 33
  • Fevereiro - 51
  • Março - 65
  • Abril - 49
  • Maio - 68
  • Junho - 59
  • Julho - 85
  • Agosto -58
  • Setembro - 66
  • Outubro - 82
  • Novembro - 52
  • Dezembro - 64


“Esses números mostram a necessidade de se fazer ações e é incompreensível como se faz relativamente tão pouco para a quantidade de problemas que existem no anel. Não dá para dizer que não tem nenhuma intervenção porque se colocou radar,  foi feita a área de escape, mas as ações são feitas a conta-gotas. A engenharia é uma ferramenta, mas você tem que trabalhar com fiscalização e educação de trânsito para reduzir esses dados de acidentes”, complementa Andrade.


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