A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH) acionou a Justiça contra a greve dos metroviários anunciada para começar nesta terça-feira (14/2). A entidade patronal apontou que a paralisação do transporte metroviário às vésperas do carnaval “afeta significativamente a população e a economia de Belo Horizonte e Região Metropolitana”.
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Metrô de BH funcionará em via única em alguns trechos neste fim de semanaMetrô de BH tem lentidão e prejuízo de quase R$ 500 mil com furtos de cabosMau cheiro em estações do metrô de BH é causado por derramamento de sojaTrabalhadores mantêm greve e metrô de BH segue fechado no CarnavalCarnaval de BH vai ter 1,5 mil banheiros químicos nas ruasMP denuncia freira por morte de 10 idosos em DivinópolisEm uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (13), o sindicato dos metroviários afirmou que a greve não é política contra o atual governo federal, mas uma reivindicação dos trabalhadores pelos seus empregos. A presidente da entidade, Alda Lúcia, lembrou que Lula fez uma promessa de rever a questão do metrô em dois comícios na capital mineira, e não cumpriu sua proposta. Agora, a categoria quer ser recebida por Luis Inácio em pessoa.
Preocupados com os efeitos da paralisação sobre os lucros do comércio em fevereiro, a CDL enviou uma solicitação ao Procurador-Chefe do Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais, Arlélio de Carvalho Lage, solicitando atuação do órgão para “garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade”.
A CDL/BH também notificou o sindicato em ofício. O documento diz que “é importante frisarmos que esta paralisação das atividades do metrô no período de pré-carnaval, onde 5 milhões de pessoas são esperadas na capital mineira, afeta significativamente a população e a economia de Belo Horizonte e Região Metropolitana, sendo este um motivo de preocupação para toda a capital mineira e demais cidades da região”, e leva assinatura do presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Questionado em relação ao ofício, o Sindimetro respondeu que não tem nenhuma intenção de prejudicar o comércio, ou qualquer atividade econômica de Belo Horizonte e Minas Gerais. "A greve busca apenas criar um canal de diálogo para que os empregos dos metroviários seja garantido em documento oficial, e não apenas em declarações".
“Quanto aos transportes, temos a informação de que serão colocados ônibus adicionais em circulação para suprir a demanda do metrô”, concluiu.
A Prefeitura de Belo Horizonte informou que "está em contato com representantes da CBTU e Setrabh/Transfacil na tentativa de minimizar os impactos da greve dos metroviários para os usuários do transporte público na capital".