Jornal Estado de Minas

MAUS-TRATOS

Caso Ian: pai e madrasta participam de reconstituição do crime em BH

A Polícia Civil fez nesta segunda-feira (13/2) a reconstituição do dia em que o menino Ian Henrique Almeida Cunha, de 2 anos, que morreu em janeiro deste ano, foi internado em estado grave em um hospital de Belo Horizonte. A criança morreu em decorrência de traumatismo craniano provocado por instrumento contundente.





pai e a madrasta da criança, considerados os principais suspeitos das agressões, participaram da reprodução simulada dos fatos. O caso segue em investigação e tramita sob sigilo. 

Em coletiva de imprensa, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que ainda não era possível informar qual objeto causou o trauma encefálico em Ian. No entanto, devido à extensão do ferimento foi necessária “grande energia de força”. 

Logo que o menino deu entrada no hospital, o pai e a madrasta foram presos em flagrante. O homem foi detido por omissão de socorro, e ela, como responsável pelas agressões. No dia em que o óbito foi notificado, a Justiça acatou o pedido do Ministério Público e transformou as prisões em preventivas.





Em depoimento, a mulher afirmou que, no dia 7, durante o almoço, uma panela caiu no chão da cozinha, que ficou engordurado, e, logo em seguida, Ian teria escorregado, caído e batido a cabeça. Ainda segundo a madrasta, em um primeiro momento, o menino estava bem, pediu colo, e acabou dormindo. Mais tarde, ele foi encontrado, pelo pai, desacordado no sofá.

Crime recorrente 

Ainda conforme a Polícia Civil, em meados de 2022, o genitor de Ian foi denunciado por agressão contra a criança. No entanto, as investigações não estão ligadas às que apuram os fatos que levaram ao óbito do menino. 

Em janeiro, a corporação deflagrou operação de cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e Santa Luzia, na Região Metropolitana.
 
Leia: Justiça: menino Ian Henrique é enterrado com cerimônia marcada pela emoção 
 
Um dos locais visitados foi a casa do pai de Ian, onde eles encontraram pichações com pedidos por “justiça”. Segundo o delegado Diego Lopes, familiares do pai do menino retiraram alguns móveis da residência, após populares ameaçaram atear fogo no local. 

Apesar disso, a “limpeza” do local não atrapalhou o processo de investigação já que na noite em que as prisões foram efetuadas, a casa foi periciada.