Jornal Estado de Minas

LESTE DE MINAS

Mãe de criança morta em incêndio pode responder por abandono de incapaz

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou inquérito policial para apurar a responsabilidade da mãe que deixou o filho de 1 ano e três meses sozinho no apartamento incendiado na manhã desta segunda-feira (13/2) em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. A criança foi encontrada em meio ao que restou dos móveis do apartamento, com o corpo carbonizado e sem os sinais vitais. A mãe, uma mulher de 26 anos de idade, poderá responder pelo crime de abandono de incapaz qualificado.




 
Ela prestou depoimento na Delegacia de Plantão, junto com uma testemunha e disse que deixou o bebê dormindo no quarto, quando desceu ao hall do prédio com essa testemunha, que a acompanhou até a delegacia. As duas depoentes afirmaram ter visto uma fumaça saindo do quarto e subiram logo ao apartamento.

A mãe da criança também contou que alguns vizinhos a ajudar a debelar as chamas, mas os extintores de incêndio do prédio não teriam funcionado. Antes de ir à delegacia, a mulher disse à Polícia Militar que havia saído de casa rapidamente para levar um filho menor à creche.
 
Após o depoimento na Delegacia de Plantão, a mulher foi liberada. Segundo a Polícia Civil, não havia elementos suficientes para que ela fosse presa em flagrante. Um inquérito policial foi instaurado para apurar, inicialmente, crime de abandono de incapaz qualificado, em virtude da morte do bebê. O caso seguirá junto à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.





Ação dos Bombeiros

 
O sargento Mauro Fernando de Almeida, do Corpo de Bombeiros, disse que os bombeiros militares foram rapidamente ao local do incêndio, porque o conjunto habitacional onde se localiza o apartamento incendiado, no Bairro São Raimundo, é vizinho ao quartel dos Bombeiros.
 
Ele explicou que alguns bombeiros militares foram a pé e entraram rapidamente no conjunto habitacional, enquanto as viaturas manobravam na rua estreita que dá acesso ao local. Disse que esses militares e o zelador do prédio arrombaram a porta e tentaram apagar o fogo com extintores. Não conseguiram êxito na missão, mas, na sequência, o fogo foi extinto com o uso de água do caminhão bomba.