A 8ª Promotoria de Justiça de Juiz de Fora encaminhou um pedido para a Justiça pedindo que três blocos mudem o itinerário previsto para o desfile carnavalesco. Os blocos são: Lixarte, Debochados da Vila Ideal e Unidos do Rip Rap.
O pedido do Ministério Público veio após um ofício encaminhado pela Polícia Militar, que alertou o órgão sobre os problemas de segurança pública envolvendo o trajeto de cada um dos blocos.
Segundo o MP, a Polícia Militar tentou negociar com a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), equivalente a uma Secretaria de Cultura e que organiza o carnaval. No entanto, a direção da Funalfa optou por deixar a decisão da troca do itinerário nas mãos dos organizadores dos blocos, que ainda não acataram o pedido da PM.
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“Caso seja mantida a autorização concedida pela prefeitura municipal aos respectivos blocos carnavalescos, para realizarem as atividades em áreas de alto risco detectadas e comprovadas pela PMMG, a Funalfa e o município seguirão desprezando a segurança pública e sequer será possível reparar as desastrosas consequências de tamanha omissão”, ressaltou o MP no pedido enviado à Justiça.
Conheça os blocos que causam preocupação à PM
Unidos do Rip Rap: O bloco desfilará no próximo domingo (19/02) entre 13h e 18h, no bairro Ipiranga. A previsão da PM é que cerca de 500 pessoas participem do bloco;
Lixarte: O bloco vai desfilar também no próximo domingo (19/02) entre 14h e 19h, no bairro Vila Olavo Costa. Segundo a PM, o itinerário conta com passagem em ruas conhecidas pelo tráfico de drogas e que separam gangues rivais;
Debochados da Vila Ideal: O bloco sairá na próxima terça-feira (21/02) entre 16h e 21h, com previsão de 1000 pessoas participando do desfile. Também vai percorrer, segundo a PM, áreas de conflito armado.
No pedido enviado à Justiça, o MP pede para que o judiciário autorize que a Polícia Militar faça a apreensão de equipamentos musicais caso os blocos façam o desfile mesmo com uma eventual proibição judicial.
A reportagem do jornal Estado de Minas procurou a Prefeitura de Juiz de Fora para saber o posicionamento sobre a questão, mas não houve resposta. O mesmo aconteceu com os organizadores dos blocos citados.