Jornal Estado de Minas

ESTAÇÕES FECHADAS

Greve do metrô de BH: passageiros são surpreendidos com os portões fechados

Surpreendidos com a greve do metrô de Belo Horizonte, passageiros precisaram buscar alternativas para conseguir chegar ao trabalho na manhã desta quarta-feira (15/2). Na estação São Gabriel, na Região Nordeste de BH, uma das mais movimentadas da cidade, passageiros chegavam para embarcar, mas deram de cara com os portões fechados.





 

O fiscal Anderson Ferreira Porto, de 38 anos, vai chegar atrasado ao trabalho. Depois de passar quase 30 minutos em ônibus no trajeto de sua casa até o terminal, descobriu na estação que o metrô não circula hoje.

 

“Eu não sabia. Pego o metrô todos os dias, ontem eu peguei e estou aqui agora e está de greve. Vou ter que pegar dois ônibus para chegar no trabalho e ainda vou chegar atraso”, reclama. Ele ainda questiona o aviso da greve ter sido feito tarde da noite. “Ninguém ia ver isso, é uma falta de respeito com o trabalhador”, disse.

 

Anderson Ferreira Porto, de 38 anos, vai chegar atrasado ao trabalho na manhã de hoje (foto: Jair Amara/EM/DA Press)
 

 

A categoria anunciou uma paralisação total do serviço na semana passada, programada para acontecer ontem, às 7h, mas o movimento foi adiado. A greve estava suspensa até o encontro de mediação entre o sindicato dos metroviários e a CBTU, que acontece nesta quarta-feira, às 14h30. No entanto, às 20h, já não havia circulação de trens.





 

 

 

Greve

A paralisação tenta garantir que não haja demissões em massa após a concessão do metrô de BH à iniciativa privada. "Não estamos interrompendo as tratativas, mas, infelizmente, nosso emprego está em jogo. Estamos lutando por mais clareza no processo e que se abram, de fato, as negociações", disse o secretário-geral do Sindmetro-MG, Daniel Carvalho, à reportagem do Estado de Minas.

 

Caso não haja um diálogo aberto com os trabalhadores, a categoria afirma que os foliões de BH não poderão contar com o metrô durante o Carnaval 2023. "O contrato com a empresa será assinado no dia 10 e ainda não temos nenhum retorno sobre como fica a nossa situação. Não é um movimento contra o governo, nem contra o Carnaval. É pela garantia de emprego dos trabalhadores", afirma Carvalho.