Um jovem de 18 anos foi preso nessa terça-feira (14/2) sob suspeita de ter executado o mototaxista e pastor Sebastião Nelson, de 67 anos, que havia desaparecido em 24 de janeiro após atender um passageiro no distrito de Fercal (DF), que solicitou uma viagem com destino a Arinos, em Minas Gerais. O crime é tratado como latrocínio (roubo seguido de morte).
Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o suspeito preso ontem estava fugindo dentro de um ônibus em direção ao Distrito Federal, quando o veículo foi interceptado na cidade de Formosa, em Goiás, com apoio de policiais civis desse estado. Ele teria feito uma foto (selfie) com o corpo do pastor logo após a execução.
Ainda de acordo com as autoridades, o suspeito é “velho conhecido da polícia e integra uma organização criminosa responsável por aterrorizar o Norte de Minas, tendo como principais atuações a prática de roubos e assassinatos”.
Ao ser preso, o rapaz teria confessado outro homicídio: o de um adolescente de 17 anos desaparecido desde 30 de novembro de 2022. De acordo com as autoridades mineiras, com a localização fornecida pelo investigado, os policiais civis acharam um corpo na madrugada desta quarta-feira em uma mata às margens do rio Urucuia.
A perícia oficial foi acionada, e o corpo removido para o Posto Médico-Legal de Unaí para identificação. Segundo apurado, os dois eram amigos de infância, e o suspeito alegou que houve uma desavença entre eles.
O crime e outras prisões
Outro suspeito de envolvimento no desaparecimento e na morte do pastor foi preso em 2 de fevereiro. Trata-se de um homem de 22 anos, que, conforme a Polícia Civil mineira, foi a última pessoa a ter contato com o mototaxista. Simulando uma viagem, ele usou a própria mãe para solicitar uma corrida.
Outro indivíduo, que não teve a idade informada pela polícia, foi preso na posse do celular roubado. A motocicleta da vítima, que também foi levada, ainda não foi localizada.
Após amordaçar e amarrar a vítima, os suspeitos o levaram para o local onde, provavelmente, o assassinaram com disparo de arma de fogo, informou a PCDF. Em seguida, o corpo foi enterrado em uma cova rasa. Os suspeitos ainda teriam jogado cal em cima para dificultar a identificação.
Realizadas de forma conjunta entre policiais civis de Minas Gerais, Distrito Federal e Goiás, as investigações prosseguem.