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Estado de Minas INSTITUTO MÉDICO-LEGAL

IML de Belo Horizonte rebate denúncias de superlotação de corpos

'Temos um fluxo normal de corpos', afirma a diretora do Instituto Médico-Legal, após informações de caos no necrotério


16/02/2023 16:12 - atualizado 16/02/2023 17:05

 
Os diretores do IML Gerson Cavalcante e Maray Paulino durante a entrevista coletiva
Diretores do IML esclarecem informações veiculadas sobre as atividades do órgão (foto: Leandro Couri/EM/D.A. Press)

A diretora do Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte, a médica-legista Maray Paulino, rebateu, durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (16/2), as informações veiculadas sobre uma suposta superlotação de corpos nas dependência do órgão, vinculado à Polícia Civil. “Temos um fluxo normal de corpos”, afirma a presidente, acrescentando que as informações foram divulgadas erroneamente. 
 
Em reunião na Câmara Municipal, realizada nessa terça-feira (14/2), para discutir o destino de corpos considerados indigentes, surgiram informações sobre caos no IML e falta de capacidade de realizar o serviço de armazenamento dos corpos. 

Segundo a médica legista que coordena o instituto, os termos ‘superlotação’ e ‘colapso’ foram usados de forma equivocada. Ela explica que, apesar do grande fluxo diário de corpos presentes no IML de BH, os profissionais conseguem trabalhar normalmente.
 
Maray Paulino complementa que a reunião realizada na Câmara, com a presença de prefeituras que enviam seus corpos para o IML de Belo Horizonte, foi em caráter preventivo. “Não houve denúncia nem há superlotação. O que estamos fazendo é uma medida preventiva que visa dignificar o sepultamento de pessoas sem família, que morreram sem dignidade”, explicou a médica. 

Geralmente, corpos dos indigentes ficam no IML mais tempo do que corpos dos que têm família, e isso é um problema ainda sem solução. Corpos sem família geralmente são enterrados em valas sociais, que um dia ficarão superlotadas, complementa a equipe responsável pelo instituto. 

A presidente do IML destacou ainda que as medidas preventivas são importantes para que se evite chegar em situações que podem ser críticas a médio e longo prazo, mas que, mesmo assim, não são tarefas fáceis e envolvem outras questões judiciais com os municípios envolvidos, como transporte de corpos e emissão de certidões de óbitos. 

Por fim, o diretor interinstitucional do IML, Gerson Cavalcante, reforçou as condições atuais do Instituto. “Estamos funcionando com dignidade e competência técnica para a sociedade e, de forma alguma, houve déficit de investimentos em nossa estrutura. Pelo contrário, na atual gestão tais recursos têm aumentado ano a ano. Tampouco ocorreu colapso em nosso sistema de refrigeração”, concluiu.

*Estagiária sob supervisão de Vera Schmitz


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