Jornal Estado de Minas

BLOQUEADO

Greve do metrô de BH: Sindimetro tem conta bloqueada pela Justiça



As contas bancárias de responsabilidade do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro) estão bloqueadas. A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG).




Na última quarta-feira (15), o TRT-MG havia definido uma escala mínima em que 70% dos trens deveriam funcionar durante a greve. Caso não fosse cumprida, a multa diária seria de R$ 100 mil em dias úteis e de R$ 150 mil nos dias do Carnaval. A categoria descumpriu a determinação.

Em assembleia realizada nesse sábado (18), os metroviários decidiram por continuar o movimento paredista. Diante desse cenário, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-MG) informou que foi solicitado o bloqueio judicial imediato no valor de R$ 250 mil das contas bancárias do Sindimetro. O objetivo é fazer com que o sindicato cumpra a decisão e pague a multa, já que o serviço está paralisado.

O pedido de bloqueio foi feito na tarde de sexta-feira, conforme a CBTU-MG, e foi determinado pelo Desembargador César Pereira da Silva Machado Júnior,vice-presidente do TRT-MG. O valor do bloqueio judicial se refere ao descumprimento da liminar até aquela data, dias 16 e 17 de fevereiro.



A CBTU-MG ressalta que considera irresponsável a decisão conduzida pelo sindicato, tendo em vista que prejudica o transporte público em Belo Horizonte. No período de carnaval, afirma a instituição, muitas ruas do hipercentro estão bloqueadas para os desfiles dos blocos e escolas de samba e que o metrô atenderia essa demanda de transporte da população para esses locais.

A companhia ainda lembrou que, além das mais de 100 mil pessoas da capital e região metropolitana que usam o metrô diariamente, no carnaval de 2020, o sistema metroviário transportou cerca de 800 mil usuários nos dias da folia. A CBTU-MG encerrou dizendo que continuará tomando todas as providências possíveis para reestabelecer a operação dos trens.