Os banheiros químicos vêm sendo alvo de diversas reclamações dos foliões que acompanham os blocos do carnaval de Belo Horizonte. A quantidade de cabines, a má distribuição ao longo dos trajetos e a falta de limpeza foram algumas das críticas mais recorrentes.
"Eu acho que não está tendo banheiro suficiente para o tanto de gente", disse Eden Farias de Barros, de 27 anos, que prosseguiu afirmando que o maior problema "é a questão da higienização". As pessoas que chegaram cedo nos blocos comentaram que, ainda pela manhã, encontraram os locais limpos, mas, ao longo do dia, com a falta de manutenção, a situação foi piorando.
Vanilse Cardoso, de 50, contou que ao chegar ao Baianas Ozadas, às 10h, foi ao banheiro e "na hora, tava limpinho". Já o jovem Pedro Henrique Gonçalves, de 18, apontou que na região da "Savassi os banheiros estão bem tranquilos, bem higienizados e cheirosos. Já os da área central e do Santa Efigênia estão deixando a desejar".
Os amigos Ana Carolina Felipe, Victor Melo, Rian Oliveira, Ana Carolina Ribeiro e Ana Carolina Jeanmond reclamaram que, apesar de o bloco contar com uma boa quantidade de banheiros químicos, "o cheiro fica insuportável". O grupo afirmou que em outros locais a quantidade de cabines não era suficiente. "Perto do Parque Municipal tem poucos (sanitários)", lamentaram os jovens.
Nos dias anteriores, algumas pessoas que acompanhavam o cortejo se queixaram de que os sanitários estavam concentrados no início e no final do itinerário dos blocos. A Prefeitura de Belo Horizonte informou ter disponibilizado 1.923 cabines sanitárias para os 68 blocos que desfilaram oficialmente pelas ruas da cidade.
A reportagem do Estado de Minas flagrou várias pessoas utilizando a rua, seja em muros, árvores ou atrás de veículos, para fazer suas necessidades. Alguns comerciantes e até moradores aproveitaram para cobrar de R$ 5 a R$ 10 pelo uso do banheiro.
SEGURANÇA
O balanço parcial da Polícia Militar de Minas Gerais é positivo sobre a segurança do evento em BH até o momento. Embora casos específicos de crimes violentos tenham começado a ganhar os noticiários durante a festa, a análise é que o treinamento feito está rendendo frutos de poucas ocorrências graves, especialmente na capital.
No domingo (19/2), dois jovens morreram após brigas em Juiz de Fora e Senador Firmino, ambas na Zona da Mata mineira. Em Barroso, na região do Campo das Vertentes, a folia foi cancelada após um tiroteio.
Mesmo com casos extremos, a PM avalia positivamente o trabalho feito até aqui. O balanço estatístico do carnaval será produzido ao fim da folia, mas o chefe do Centro de Jornalismo da Polícia Militar de Minas Gerais, tenente-coronel Flávio Santiago, aponta que o planejamento realizado para o evento tem coibido crimes e confusões, especialmente em locais com grandes aglomerações, como em BH.
METRÔ
O metrô de Belo Horizonte não volta a funcionar até o fim do carnaval. A greve continua, pelo menos, até a quarta-feira de cinzas (22/2), quando uma nova assembleia deve definir os rumos do movimento. A decisão foi tomada em assembleia realizada pelo Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), na manhã de segunda-feira (20/2). Desde a última quarta-feira (15/2), as estações do metrô estão fechadas e impactando o deslocamento pela cidade.
*Estagiário sob supervisão da editora Ellen Cristie