Durante os dias de programação oficial do carnaval em Belo Horizonte, a Polícia Militar (PM) organizou e efetuou operações de dispersão de foliões em ruas de bairros considerados boêmios da cidade. As ações de prevenção aconteceram, majoritariamente, na Savassi, na Região Centro-Sul da capital. Mesmo fora da programação oficial da festa, a reunião de foliões na porta de bares tradicionais já se tornou tradição da festa.
Na noite de terça-feira (21/2), último dia de Carnaval, imagens de vandalismo e briga generalizada foram registradas na avenida Cristóvão Colombo. Durante a ação, uma banca de jornais foi depredada, e a fachada de um prédio, quebrada. Além disso, houve um combate entre a Polícia Militar e pessoas que estavam no local.
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Operação de escoamento
Apesar de a ocorrência de terça-feira ter sido considerada pontual, desde sábado (18/2) a reportagem flagrou ações dos militares para dispersar o público que estava reunido nas ruas da capital.Logo no início da madrugada de domingo (19/2), após o primeiro dia de folia de sábado, por volta de 1h da manhã, militares se reuniram em um cordão de contenção para dispersar pessoas que frequentavam um bar na esquina entre as avenidas Assis Chateaubriand e do Contorno, no Bairro Floresta, na Região Leste da cidade. Em ação comum de escoamento de torcidas organizadas em dias de jogos de futebol, as pessoas foram obrigadas a sair do estabelecimento que, em um dia comum, fora do Carnaval funciona até as 4h.
Já na noite de domingo, na esquina entre a Rua Sergipe e a Avenida Getúlio Vargas, na Savassi, por volta das 23h, a reportagem flagrou o momento em que a PM soltou três bombas de efeito moral na porta de três estabelecimentos tradicionais de encontros pós-festa. Na ocasião, duas mulheres tiveram que ser resgatadas por uma viatura do Corpo de Bombeiros.
Na noite de segunda-feira (20/2), as pessoas tiveram que se abrigar dentro de bares depois que policiais militares usaram spray de pimenta para combater uma briga envolvendo três pessoas, no encontro entre as ruas Fernandes Tourinho e Sergipe e a avenida Getúlio Vargas, também na Savassi. As ações de dispersão do público duraram cerca de 30 minutos.
Ainda de acordo com o tenente Lucas Coutinho, efetivos da corporação chegavam aos pontos de festa antes do público e ficavam até o fim para fazer o “escoamento”.