Uma criança de três anos foi entregue ao transporte escolar privado, ao término da aula, sem permissão e conhecimento da mãe. O caso aconteceu, nesta quinta-feira (23/2), no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Hebert de Souza, em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas.
Em nota, a prefeitura tratou o caso como "incidente", lamentou o ocorrido e informou que será instaurada sindicância pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) para apurar os fatos.
O motorista da van, conhecido pelos professores e demais servidores, ao buscar outros alunos disse que a criança também passaria a ser conduzida por ele. A professora, então, permitiu que ela fosse levada.
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Os profissionais do Cmei fizeram contato com o homem e localizaram a criança. Ela foi levada de volta para a escola e entregue à mãe. O nome dele não foi divulgado.
O que teria motivado o erro não foi informado. A prefeitura apenas disse que irá apurar o ocorrido e que se comprovada alguma irregularidade, as medidas cabíveis serão adotadas, inclusive contra o motorista.
Mais rigor
A vice-prefeita e secretária de Governo, Janete Aparecida, convocou uma reunião com todos os diretores das escolas e Cmei's do município para essa sexta-feira (24/2). A lei municipal 8.779/20 será regulamentada via decreto tornando mais rigoroso o embarque e desembarque dos alunos que utilizam o transporte escolar.
A norma estabelece Políticas Públicas de Segurança Escolar. O artigo, segundo prevê a "implementação de procedimentos para o efetivo controle e identificação das crianças" que utilizam vans para irem e deixarem as instituições de ensino do município.
"Só poderão pegar crianças nas escolas aquelas vans onde o responsável assinar o documento e o motorista entregar para a professora comprovando que essa criança deverá realmente ir na van e essa criança também deverá ter essa identificação", explica a vice-prefeita.
Atualmente, no ato da matrícula nos Cmei's os pais ou responsáveis informam os nomes das pessoas que poderão buscar os alunos. Em alguns casos, a mesma informação é solicitada na agenda da criança, a qual o professor deve ter acesso diário.
Nas redes sociais, Janete lamentou e pediu desculpas aos pais. "A tristeza e angústia desta família não tem preço. Venho a público pedir desculpas a essa família, pedir desculpas a todos os pais de Divinópolis e dizer a vocês que podem confiar em nós. Vamos tentar resolver essa situação para que não mais aconteça", afirmou.
*Amanda Quintiliano especial para o EM