Jornal Estado de Minas

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Greve dos metroviários: CBTU alega prejuízo de R$ 6 milhões


A Companhia de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU-MG) declarou em nota oficial à imprensa que a greve dos metroviários, iniciada no dia 14 de fevereiro, já gerou um prejuízo de R $6 milhões de reais. 




 
A estimativa média do valor do prejuízo inclui o período de Carnaval. Em 2020, foram transportados cerca de 800 mil passageiros em todo o sistema na época do feriado carnavalesco, segundo informações da CBTU- MG. 

A nota também declara que, em média, 100 mil passageiros por dia útil estão sendo prejudicados com a paralisação total.  

A CBTU declarou que o movimento de paralisação descumpre a liminar do TRT que  estabeleceu a permanência de circulação de 70% da frota durante o período de greve, estando sujeita a multas de valor diário. 

Na sexta (17), o vice-presidente do TRT 3 determinou o bloqueio de R$250 mil reais das contas bancárias do Sindimetro, pelo descumprimento da liminar até aquela data (16 e 17/02/2023), com o propósito de compelir o sindicato a observar a ordem proferida.





A Companhia finalizou afirmando que considera a greve como política e irresponsável. 

A previsão é que a greve dure, pelo menos, até sábado (25/2), quando irá acontecer uma nova assembleia na Estação Central.
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O que diz o movimento sindical

Os membros do Sindimetro reiteram que estão na espera de uma reunião com o Governo Federal para discutir o futuro dos 1.600 trabalhadores da CBTU-MG. As reivindicações são originárias do
 leiloamento e privatização do metrô de BH por R$ 25,7 mi.
 
A presidente do Sindimetro, Alda Lúcia dos Santos, avalia o movimento como positivo. “Queremos saber o que vai ser feito com os trabalhadores. A empresa vai fazer um plano de demissão voluntária para os aposentados poderem sair? A empresa vai fazer uma transferência ou realocação para os empregados? A intenção é ser ouvido e que o governo federal dê uma solução aos problemas dos metroviários”, ressaltou.

A presidente do sindicato ainda afirma que a privatização do modal gera uma insegurança nos trabalhadores, que temem as demissões com a automatização de processos.  “Sabemos que os usuários têm muito a perder com essa greve, mas infelizmente vivemos um momento de insegurança. A gente pede desculpa aos usuários sabendo o quanto é difícil para eles, mas também é difícil para nós”, disse Alda.
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor Diogo Finelli