Jornal Estado de Minas

DESLIZAMENTOS

Quase 600 mil pessoas vivem em área de risco geológico em Minas

Minas Gerais tem, ao menos, 581.703 pessoas vivendo em área de risco geológico. O estado é o segundo com mais locais apontados como perigosos pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia. Mais de três quartos dos pontos destacados são ameaçados por deslizamentos.





Os dados foram atualizados pela última vez em 30 de janeiro e trazem Santa Catarina na liderança, com 2.939 áreas de risco. Minas vem depois, com 2.849, seguido pelo Espírito Santo, com 1.011; São Paulo tem 848, e o Pará, 819. A lista completa pode ser vista no painel do SGB.

O trabalho de mapeamento contempla 1,6 mil cidades no país e abrange mais municípios nos estados listados. A lista, portanto, não é um retrato exato da situação do país, mas fornece detalhes importantes sobre a vulnerabilidade da área estudada.

Minas Gerais


Em Minas, há 671 áreas apontadas como de risco muito alto e 2.178 de risco alto. Do total, cerca de 75% sob perigo de deslizamento, 15% de inundação, 3% de erosão, 2% de queda e 4% listados como outros fatores.





Com 313 áreas de risco, Ouro Preto lidera a lista de cidades com mais regiões sob perigo no estado e também no país. Em Minas, a sequência tem Ipatinga, Juiz de Fora, Santa Luzia, Sabinópolis, Muriaé, Antônio Dias, Ervália, Além Paraíba e Ibirité fechando as dez primeiras.

Atualmente, de acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, há 275 cidades sob decreto de emergência por desastres relacionados à chuva em Minas Gerais. Segundo definição do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), essa situação se caracteriza quando um município fica parcialmente comprometido na capacidade de atender a uma situação provocada por desastres.