A Justiça irá ouvir, a partir do dia 20 de março, 60 testemunhas de defesa no processo que investiga a contaminação por mono ou dietilenoglicol encontrado em algumas unidades da cerveja Belorizontina, da cervejaria Backer, em janeiro de 2020.
Alexandre Magno de Resende Oliveira, juiz da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, definiu que serão 11 dias de audiências para ouvir essas testemunhas. Em média, serão colhidos seis depoimentos por dia.
Alguns funcionários da cervejaria e parentes dos gestores da família Khalil Lebbos estão incluídos para prestar depoimentos. As audiências de instrução e julgamento irão ocorrer em formato híbrido, ou seja, presencial ou videoconferência.
Ao todo, 10 pessoas morreram por causa das cervejas contaminadas. Segundo inquérito conduzido pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) , um dos tanques de armazenamento da cerveja teve vazamento das substâncias tóxicas que eram utilizadas para o resfriamento da bebida.
Outras 19 vítimas dessa contaminação apresentaram sequelas graves como cegueira e paralisação dos músculos do corpo. Em maio de 2022, 23 testemunhas de acusação e quatro vítimas prestaram depoimentos no Fórum Lafayette. Dentre elas, parentes das vítimas, pessoas próximas e o delegado que conduziu o caso.
Outras 11 pessoas foram indiciadas e também deverão ser interrogadas em outro momento. Elas são acusadas de lesão corporal, tentativa de homicídio e contaminação de alimentos. Não há previsão para que se encerre a apuração dos crimes na Justiça.