Jornal Estado de Minas

CARNAVAL 2023

Carnaval de BH atraiu 226 mil turistas

O carnaval de Belo Horizonte atraiu 226 mil turistas e movimentou R$ 720 milhões, entre 4 e 26 de fevereiro, período oficial das comemorações, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (27/2), pela Prefeitura da capital. 





De acordo com a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur),  foram gerados na cidade durante o período da folia 20 mil empregos, diretos e indiretos. Além disso, 16.117 ambulantes se cadastraram para a folia, um aumento de 10% em relação a 2020.

A taxa de ocupação de hotéis ficou em 68,92%, tendo seu ponto alto no sábado de carnaval, 18 de fevereiro, quando 78,9% dos quartos tinham hóspedes.

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, comemorou os resultados da folia na capital mineira. “Todo mundo que participou do carnaval, participou de um carnaval seguro, sem riscos, bom. Eu estou muito orgulhoso do carnaval de Belo Horizonte, muito orgulhoso do trabalho que foi feito”, disse.
 
Coletiva com o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman e o presidente da Belotur, Gilberto Castro, onde foi apresentado o balanço do Carnaval de Belo Horizonte (foto: Leandro Couri /EM/D.A Press)
 

Perguntado pela reportagem do Estado de Minas sobre os pontos de melhoria mais urgentes para as próximas edições do carnaval, Gilberto Castro, presidente da Belotur, afirmou que ainda não é possível elencar o que receberá maior atenção.



“Agora, todos os órgãos fazem o seu relatório do que funcionou e do que pode ser melhor para que a gente possa planejar o carnaval do ano que vem, então eu não consigo ser tão certeiro porque a gente não teve, ainda, o relatório de todos os órgãos”, disse.

Gilberto garantiu, no entanto, que a prefeitura vai buscar mais recursos para os blocos e escolas de samba. “Eu posso te dizer que não faltará esforço para a gente melhorar o carnaval a cada ano, para que a gente tenha maior investimento em blocos de rua, em escolas de samba, porque essas pessoas fazem esse carnaval. Acho que a gente chegou num ponto onde a gente coexiste. Os atores não conseguem mais fazer sem o apoio da prefeitura e a prefeitura, obviamente, não consegue fazer o carnaval sem esses atores que fazem essa grande festa”, disse.

Dos 5,25 milhões de foliões que saíram em blocos da capital, 15,1% vieram de outras cidades, sendo 65,7% do interior de Minas Gerais, 11,8% de São Paulo, 4,1% do Espírito Santo e 3% do Rio de Janeiro.





O gasto total médio dos visitantes durante o carnaval foi de R$ 1.133,50, com gasto médio diário de R$ 309,82. Já o gasto médio dos moradores da Grande BH foi de R$ R$ 365,04, sendo o gasto médio diário de R$ 105,48.

É importante ressaltar que o número de foliões não é o número de pessoas presentes na festa. Uma pessoa que vai em três blocos, por exemplo, é contabilizada três vezes pelos órgãos oficiais.

Os foliões que vieram a Belo Horizonte puderam curtir o desfile de 375 blocos de rua, desfiles de escolas de samba e de blocos caricatos.
 
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Faltou banheiro químico para tanto folião  

Um dos pontos mais criticados pelos foliões que passaram o carnaval em Belo Horizonte, os banheiros químicos também foram tema na coletiva. De acordo com a Belotur, foram mais de 13.150 diárias de banheiros químicos, sendo 192 para Pessoas com Deficiência (PCDs), com 90 pontos fixos de cabines, chegando a até 1.500 cabines simultâneas por dia.





Gilberto Castro destacou que melhorias são sempre bem-vindas, mas ressaltando as dificuldades logísticas enfrentadas. “É claro que quanto mais banheiro, melhor. A Belotur fez um esforço grande para termos mais banheiro, mas existe, de fato, uma limitação de fornecedores de banheiro em Belo Horizonte, Rio, São Paulo, Salvador. Todos os grandes carnavais passam por isso.”

Segurança registrou número menor de ocorrências

Outro ponto bastante citado durante a coletiva foi a segurança do carnaval. De acordo com a PBH, a Guarda Municipal registrou 38,5% menos ocorrências relacionadas diretamente com a folia, em relação ao carnaval de 2020. Em 2023, foram 24 registros, contra 39 na última edição da folia.

A Guarda Municipal informou, ainda, que 1.286 suspeitos foram abordados e 12 pessoas detidas.

Limpeza: 3 milhões de litros de água para lavar as ruas

Em relação à limpeza da cidade após a apssagem dos blocos, a PBH informou que 1.400 garis trabalharam durante os dias do pré-carnaval, carnaval e pós-carnaval. No total, 964 toneladas de resíduos foram recolhidos, superando as 848 toneladas de 2020. Também foram coletadas 5,8 toneladas de vidro, em 20 contêineres exclusivos para o material. Para a lavação das ruas, foram gastos 3 milhões de litros de água.





A coleta seletiva durante os desfiles dos blocos recolheu 15 toneladas de recicláveis, trabalho feito por 200 catadores de materiais recicláveis, que atuaram entre os dias 18 e 21 de fevereiro.

Operação de trânsito: 3.770 interdições

De acordo com a PBH, as operações de trânsito durante o carnaval 2023 envolveram quase 500 pessoas e resultaram em 3.770 interdições nas ruas da cidade, com 4.000 balizadores e 2.250 placas de regulamentação especiais, com mais 700 faixas de orientação sendo instaladas. As intervenções no trânsito para os desfiles dos blocos foram totalmente disponibilizadas nos aplicativos Waze e no Google Maps, que firmaram parceria com a administração pública municipal.

Cerca de 200 linhas de ônibus foram desviadas e mais de 260 banners nos pontos de ônibus alertaram para as alterações do transporte coletivo. Foram realizadas mais de 200 mil viagens de transporte coletivo durante o carnaval, com cumprimento de 97,3% das viagens programadas. Além disso, 16 pontos de táxi foram implantados no entorno das áreas reservadas para desfiles dos blocos.

Saúde: número de atendimentos também caiu

A Secretaria Municipal de Saúde informou que 776 pessoas foram atendidas nas UPAs, Centros de Saúde, Postos Médicos Avançados e SAMU, menos que as 1.111 de 2020. Entre os dias 17 a 22 de fevereiro, o SAMU atendeu 150 ocorrências, sendo 46 de atendimentos de intoxicação alcoólica.