Jornal Estado de Minas

RESSARCIMENTO

Caixa restitui desvio fraudulento de R$ 215 mil da Saúde de Uberaba


 
A Prefeitura Municipal de Uberaba (PMU) comunicou, no início da noite desta segunda-feira (27), que a Caixa Econômica Federal (CEF) restituiu o desvio fraudulento de cerca de R$ 215 mil aos cofres do Fundo Municipal de Saúde..



O ressarcimento aconteceu após atuação do MPMG, por meio da 15ª Promotoria de Justiça e Defesa do Patrimônio Público de Uberaba.
 
O procedimento irregular de transferências de valores ocorridas no meio de janeiro deste ano, que vitimou a Secretaria de Saúde de Uberaba e a CEF, está sendo investigado pelas polícias Civil e Federal.
 
“Além disso, a CEF comunicou a Secretaria de Saúde de Uberaba que instaurou procedimento interno a respeito dos fatos”, declarou a prefeitura de Uberaba.




 
A Prefeitura Municipal de Uberaba acionou a Polícia Civil nesta sexta-feira (24/2) para denunciar uma divergência de saldo de R$ 214.996,69 nas contas vinculadas da Secretaria de Saúde. A divergência foi identificada durante a conciliação bancária mensal das contas, que apontou três transações de origem não comprovada, que teriam sido realizadas nos dias 12, 13 e 16 de janeiro de 2023.
 
Segundo a prefeitura de Uberaba, o secretário Sétimo Bóscolo compareceu à agência da Caixa Econômica Federal (CEF) da cidade. O gerente da instituição disse que a transação foi feita mediante solicitação via email, que tinha como remetente o endereço saudeuberaba.mg@outlook.com . Ainda segundo Bóscolo, os documentos de solicitação estavam em papel com os logotipos da Prefeitura, e também do Conselho Municipal de Saúde, supostamente assinados pelo secretário e pela presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Janete Maurília de Almeida. A gestão dela, porém, foi encerrada no primeiro trimestre de 2022.
 
A Secretaria de Saúde de Uberaba declarou também que não realiza transferências bancárias por e-mail, mas mesmo assim o (s) suspeito (s) fez ou fizeram o pedido por e-mail e o gerente da CEF fez a transferência.




 
A reportagem questionou a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) sobre como estão as investigações do caso.  A PC informou, nesta segunda-feira (27/2), que um inquérito policial foi instaurado visando a completa apuração do caso e, ainda, que vai verificar se houve a possível fraude no sistema bancário, que deixou um rombo de quase R$ 215 mil nos cofres públicos do município. “A PCMG esclarece que a investigação se encontra em andamento com a realização de oitivas e diligências. Outras informações serão repassadas após a conclusão dos trabalhos de polícia judiciária, para não comprometer o andamento do feito”, finalizou a nota.