As ruas do hipercentro de Belo Horizonte serão recapeadas ainda neste ano. A informação foi confirmada pelo prefeito da capital, Fuad Noman (PSD), durante assinatura do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA), em acordo firmado entre a administração municipal e a Caixa Econômica Federal, nesta terça-feira (28/2). O acordo vai garantir o investimento de R$ 200 milhões nas obras públicas.
O montante também deverá ser aplicado na construção de moradias populares, saneamento integrado, drenagem e tratamento de fundo de vale, além de intervenções de mitigação de riscos em encostas.
Leia Mais
COVID-19: PBH diz que mudou público da vacina bivalente por falta de dosesTroca na direção do Odilon Behrens gera atrito entre servidores e PBHPBH suspende contratação de 600 psicólogos e assistentes sociais Palácio da Liberdade terá a 1ª Troca da Guarda do ano neste domingo (5/2)BH tem quarta com máxima de 31ºC e possibilidade de chuva isoladaIdosa e jovem ficam feridas, e cão morre durante ataque de abelhas em MGDuas maiores barragens de rejeito do Brasil em MG entram na mira do MP“A gente tem obras por toda a cidade. Cada região tem sua particularidade, mas nós sabemos que todas as regionais precisam de recapeamento, obviamente que umas menos, outras mais. Em especial, o prefeito pediu para a gente ter uma atenção redobrada no hipercentro, então a gente vai trazer todo esse arranjo para tentar trazer para o Centro uma abordagem viária mais nova”, explicou Pereira.
A expectativa do poder público é que o dinheiro seja liberado tão logo os procedimentos burocráticos sejam concluídos. O secretário de obras também explicou que os recursos previstos no FINISA não estão vinculados a obras pré-definidas e, por isso, o valor pode ser repartido e investido em diferentes projetos.
Chuva
De acordo com o prefeito Fuad Noman, a verba do financiamento com a Caixa também será usada no avanço das obras de mitigação dos riscos da chuva. Entre as ações principais está a conclusão das operações de revitalização de encostas. Na perspectiva do chefe do executivo municipal, muitas melhorias já foram feitas para o atual período chuvoso, que vai de setembro de 2022 a março de 2023.
Em junho do ano passado, a PBH anunciou o Programa de Gestão de Risco Geológico-Geotécnico. Ao todo, foram previstas mais de 200 obras emergenciais para mitigar os riscos geológicos na cidade, beneficiando aproximadamente 245 mil pessoas. Setenta e sete intervenções em encostas foram finalizadas ainda em 2022.
“Eu não quero comemorar ainda porque a chuva ainda não acabou. Mas, se nós observarmos Belo Horizonte, depois de tanta chuva, nós não tivemos um problema de deslizamento de encostas, porque nós no ano passado fizemos um programa de recuperação de encostas. Ainda tem muito para fazer esse ano”, comemorou Fuad.
Financiamentos anteriores
Nos últimos cinco anos, a Prefeitura de Belo Horizonte fechou três financiamentos com a Caixa Econômica Federal. O primeiro aconteceu logo no primeiro mandato do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), em 2017. Na época, a administração pública recebeu R$ 120 milhões, destinados a um pacote de obras nas áreas de mobilidade urbana, infraestrutura e saneamento.
Já em 2019, Kalil assinou dois contratos de financiamento com o banco federal para viabilizar obras na área de saneamento na capital. O valor total do investimento foi de aproximadamente R$ 160 milhões, sendo R$ 151 milhões repassados pelo agente financeiro, por meio do programa Avançar Cidades 2, e cerca de R$ 8 milhões de contrapartida do município.
A maior parte desse montante, R$ 147 milhões, seria destinada à implantação de canal paralelo no córrego Cachoeirinha, a partir da avenida Bernardo Vasconcelos até o encontro com o ribeirão Pampulha, na altura da avenida Cristiano Machado.
Em 2021, um financiamento investiu R$ 100 milhões em obras em recapeamento de vias, pavimentação e áreas de tratamento de encostas de atuação da Companhia Urbanizadora de BH (Urbel).
Nessa terça-feira (28/2), durante a assinatura do contrato do primeiro financiamento da prefeitura de BH com a Caixa, representantes da instituição afirmaram que a administração pública possui um crédito de R$ 6 bilhões para outros empréstimos.