Após um acidente de trânsito causado por uma linha chilena, em 2019, quando tinha 15 anos, Gabriel Lucas Alves do Nascimento, ou Gabriel Feijão, hoje com 18, precisou passar por três cirurgias e teve sua perna esquerda amputada. Desde então, o jogador de futebol de Betim, Região Metropolitana de BH, agora na modalidade paralímpica, usa suas redes sociais para conscientizar a população sobre os riscos do uso de cerol e linhas chilenas.
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“Dei a volta por cima”, afirmou o jogador em entrevista ao Estado de Minas. “Meu acidente me estimulou a lutar pela causa, afinal, pode acontecer com qualquer um”, completou.
Além das campanhas de alerta sobre os perigos do cerol, o jogador usa suas redes sociais para mostrar que a vida continua após o acidente e que a deficiência não o impediu de realizar grandes conquistas. Assim, também chama a atenção para a importância do debate de inclusão de PCD (Pessoas com deficiência) na sociedade e acessibilidade.
Em seu último post do instagram, compartilhou a história de Maria Cecília, uma menininha de 3 anos, vítima da linha cortante em fevereiro deste ano, também em Betim. A garota estava andando de bicicleta próximo de casa com seu pai quando foi cortada no pescoço acidentalmente pela linha de uma pipa.
O corte, felizmente, não foi profundo e a menina recebeu os auxílios médicos a tempo.
Cerol e linha chilena
O uso de cerol em linhas de pipa é uma prática ilegal, mas comum no Brasil. O cerol é uma mistura de cola de madeira e de pedaços de vidro aplicada em linhas de pipa para cortar a linha dos adversários em brincadeiras e competições.
A linha chilena pode ser até quatro vezes mais cortante que o cerol. É fabricada industrialmente à base de pó de quartzo e óxido de alumínio e ganha espaço entre o comércio das pipas.
*Estagiária sob supervisão