Cidades mineiras estão alterando o cronograma da vacinação bivalente contra a COVID-19 por falta de doses suficientes para o público prioritário recomendado pelo Ministério da Saúde (MS). Belo Horizonte, Contagem e Juiz de Fora enfrentam situação similar.
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Seguindo a mesma lógica, outras cidades-polo alteraram o público de acordo com a estimativa de moradores idosos e imunossuprimidos. Contagem recebeu 13.686 doses e determinou as mesmas regras da capital, iniciando a vacinação com idosos acima de 80 anos, pessoas a partir de 12 anos e vivendo ILPIs, além de abrigados e os trabalhadores destas instituições. Já em Juiz de Fora, são cerca de 100 mil pessoas, e a cidade recebeu 27.204 doses. Por isso, só idosos acima de 75 anos foram convocados.
Outras cidades
Na Região Metropolitana, Betim fez o mesmo que BH, mas Nova Lima decidiu manter o público em 70 anos, mesmo que a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) tenha encaminhado somente 2.106 doses para um público de 7.253 moradores. O mesmo aconteceu com Uberlândia, que tem 51 mil pessoas na primeira fase, mas recebeu apenas 15 mil doses e manteve as orientações do Ministério da Saúde.
Em contrapartida, o município de Araxá, que tem 108.403 habitantes, recebeu 2.658 doses para a primeira fase, segundo a SES, mas convocou a população recomendada no início da semana e, nesta quinta-feira (2/3), chamou idosos a partir de 65 anos.
De acordo com a SES-MG, a distribuição foi realizada conforme o quantitativo de doses disponibilizado pelo Ministério da Saúde e a estimativa das pessoas de cada município incluídas para a vacinação na fase 1. "A aquisição de doses é feita pelo Ministério da Saúde, que as repassa às secretarias estaduais, responsáveis pela distribuição aos municípios na sequência. Diante disso, a SES-MG aguarda o cronograma de envio por parte do órgão federal", afirmaram em nota.
A reportagem questionou o Ministério da Saúde sobre um novo envio de doses para o estado e aguarda retorno.