Três homens, entre eles, um idoso de 74 anos, foram resgatados de trabalho análogo à escravidão em Bom Jardim de Minas, na Zona da Mata Mineira, nesse domingo (05/03).
A operação foi desencadeada pelos auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em um sítio. Segundo o órgão, os homens trabalhavam e moravam em situação degradante.
“Eles estavam ganhando entre R$ 400 e R$ 500 por mês. Estavam em condições muito precárias, principalmente em questões de alimentação e moradia. Já trabalhavam lá há muito tempo”, disse a auditora fiscal, Andréia Donin, que foi a coordenadora da ação.
Segundo o MTE, as vítimas são dois irmãos que trabalhavam no sítio desde 2015. De acordo com a auditora fiscal, ambos compraram uma parte do sítio (200 m), por R$ 12 mil. No entanto, não receberam nenhuma documentação. Com medo de deixarem o local e perderem o lote, continuaram trabalhando no local.
A outra vítima resgatada é um idoso de 74 anos, que trabalhava como caseiro e cuidador de gado, desde 2008. Ele recebia R$ 100 por semana.
A outra vítima resgatada é um idoso de 74 anos, que trabalhava como caseiro e cuidador de gado, desde 2008. Ele recebia R$ 100 por semana.
Segundo Andréia Donin, os trabalhadores precisam receber, pelo menos, R$ 177 mil de verbas rescisórias, pelo período trabalhado. “Como não houve o pagamento, a Defensoria Pública da União vai ajuizar uma ação para cobrança desses valores”, explicou a auditora.
A dona do sítio vai responder administrativamente junto ao Ministério do Trabalho. “Ela vai receber os autos de infração pela falta de pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores”, finalizou Donin.