A greve do metrô de Belo Horizonte vai continuar. A decisão foi tomada em uma assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (6/3), na estação Central da capital. A categoria reivindica a manutenção dos empregos e de direitos trabalhistas após a privatização do trem metropolitano da capital.
Uma nova assembleia será realizada amanhã, às 16h, e, caso não haja um acordo, a presidente do Sindicato dos Metroviários de MG (Sindimetro), Alda Lúcia, afirmou que a categoria seguirá em uma caravana rumo a Brasília para um ato de protesto.
“Caso não haja a revogação da privatização, a categoria vai estar em Brasília na quarta-feira para fazermos um ato com uma camisa dizendo ‘presidente Lula não demita o metroviário’. Queremos chamar a atenção do governo federal e que o presidente Lula nos receba, uma vez que foi ele que se comprometeu que não iria privatizar o metrô de BH”, afirma.
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), em nota, afirmou que condena as ações do Sindimetro por estar descumprindo liminar que os obriga a operar em escala mínima para não prejudicar a população. A companhia disse ainda que está tomando todas as medidas possíveis para a volta do metrô na capital.
GREVE
A greve dos metroviários de Belo Horizonte se iniciou em 15 de fevereiro. A paralisação começou com a intenção de tentar garantir que não ocorram demissões em massa após a concessão do metrô de BH à iniciativa privada.
O sindicato faz críticas ao preço pelo qual o metrô de BH foi vendido, dizendo que pelo o valor não foi condizente com o tamanho da estrutura do moradl. O investimento projetado, ao longo de 30 anos de concessão, é de R$ 3,7 bilhões. Desse montante, R$ 3,2 bilhões vêm dos cofres públicos, sendo R$ 2,8 bilhões de aporte da União e R$ 440 milhões do estado. O restante fica a cargo da empresa vencedora da licitação.